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Para Evo, nova sanção comercial dos EUA é vingança política

O presidente boliviano Evo Morales definiu como uma “vingança política” a decisão norte-americana de excluir a Bolívia da lista dos Estados que lutam contra o narcotráfico, para os quais a administração dos Estados Unidos concede uma série de benefícios t

“Estamos diante de uma tentativa de colocar medo no povo boliviano e de afrontar a sua dignidade”, declarou Evo, definindo como falsos os argumentos usados pela Casa Branca para tomar a decisão contra La Paz.



Segundo o presidente, a Bolívia tem “uma série de dados das Nações Unidas sobre a erradicação dos cultivos de coca, assim como sobre operações contra a produção de cocaína”. Esses dados demonstram, segundo La Paz, como a Bolívia conseguiu melhores que a Colômbia e o Peru, maiores produtores de coca do mundo.



Mudanças e “justificativas”



Em recente visita aos Estados Unidos, Evo revelou ter expectativas de que a chegada dos democratas a Washington, a partir da vitória presidencial de Barack Obama, possa melhorar as relações entre os dois países.



De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, o presidente George W. Bush assinou o documento que oficializa a decisão na última terça-feira (25). Os benefícios, concedidos por meio do Tratado de Preferências Tarifárias Andinas e Erradicação de Drogas (ATPDEA, na sigla em inglês), perderão validade a partir de 15 de dezembro.



“A suspensão é o resultado do fracasso da Bolívia na cooperação com os Estados Unidos em relação aos esforços contra o narcotráfico, que é um dos critérios de elegibilidade para ter direito aos benefícios“, disse Perino em um comunicado.



Segundo ela, caso a Bolívia “melhore seu desempenho” na parceria com o governo norte-americano, a Casa Branca poderá reconsiderar a decisão.



Segundo estimativas do governo de La Paz, cerca de 25 mil empregos na Bolívia têm relação direta com o ATPDEA. A decisão pode ser revogada por Obama, que toma posse no dia 20 de janeiro.



Da redação, com agências