Chávez presenteia Salvador com busto de Simón Bolívar
Ícone da luta pela independência dos países latino-americanos no século 19, o revolucionário Simón Bolívar foi homenageado na tarde desta quarta-feira (17), em Salvador, com a inauguração de um busto na Avenida que leva o seu nome. “Parafraseando Pablo Ne
Publicado 18/12/2008 11:29
O presidente venezuelano, que estava na Bahia para participar da Conferência da América Latina, Caribe e México (CALC), realizada na Costa do Sauípe, prestigiou o evento ao lado do presidente de Cuba, Raul Castro; do de Honduras, Manuel Zelaya; do governador Jaques Wagner (PT), e do prefeito João Henrique (PMDB). A estátua, inclusive, foi uma doação do próprio Chávez, em celebração aos 170 anos da morte do chamado “George Washington” da América Latina, responsável pela libertação de cinco países sul-americanos do domínio espanhol: Venezuela, Colômbia, Bolívia, Peru e Equador.
A cerimônia contou, ainda, com o presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Nilo; o chefe de gabinete do governador, Fernando Schmidt; alguns deputados e vereadores, e o líder do Movimento dos Sem Terra – MST, João Paulo, representando os diversos movimentos sociais presentes à entrada do Centro de Convenções: a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, a Unegro (União de Negros pela Igualdade) e o PCdoB. O partido, inclusive, foi o primeiro a ser saudado no discurso de abertura de Chávez, que pediu um “Salve!” aos comunistas.
Integração para superar a crise
Como já era esperado, a crise pautou parte dos discursos durante o evento. O fortalecimento político, a partir da integração regional, foi destacado como caminho para romper, definitivamente, com a hegemonia unipolar dos Estados Unidos. “Dizemos: ‘Basta aos EUA!’ Aqui, em nosso continente, quem manda é o povo!”, decretou Chávez.
A esse respeito, o governador Jaques Wagner, após destacar o sentimento de orgulho com a inauguração do busto do revolucionário sul-americano, defendeu investimentos na geração de emprego e renda, aliado ao projeto de integração regional no continente, como alternativa para a superação do atual momento econômico mundial. ''Neste sentido, a CALC torna-se um marco rumo à integração, ao reunir 33 chefes de estado afinados com as mesmas propostas”, pontuou. “Foi a reunião mais extraordinária da qual participei nos últimos tempos e que fica marcada para toda a história com o retorno de Cuba ao processo de integração da América Latina”, ratificou Chávez.
O presidente cubano agradeceu a cortesia e devolveu na mesma moeda: “Sempre se aprende alguma coisa com ele (Chávez)”, brincou. Castro se disse feliz por estar na Bahia, onde o povo preserva as mesmas raízes étnicas e culturais que o povo cubano, e aproveitou para anunciar sua ida a Brasília, em viagem oficial, representando a pátria cubana no momento em que a Revolução está prestes a completar 50 anos. “Viva Cuba! Viva Fidel e viva Raul Castro!”, saudou Hugo Chávez, enquanto a militância da legenda comunista conclamava, em coro, pela integração uníssona e absoluta das nações amigas: “Cuba, Brasil, América Central; a luta socialista é internacional”.
De Salvador,
Camila Jasmin