Líder do PT nega desistência da candidatura de Tião Viana
Por meio de nota, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti, disse que a candidatura do senador Tião Viana a presidente do Senado está mantida e tem apoio da bancada do PT, que com ele seguirá até a votação do dia 2, no plenário da Casa. Trata-se de uma
Publicado 28/01/2009 17:53
Segundo o que foi publicado, o senador José Sarney (PMDB-AP), adversário do petista, já disporia entre 58 a 62 votos assegurados. Diante deste quadro, o PT poderia perder espaço na Mesa Diretora caso Viana insista na sua candidatura. Chegou-se a relatar um diálogo ríspido entre o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e o candidato petista sobre o assunto, o que foi negado por Mercadante.
Segundo o jornal Valor Econômico, Viana teria classificado de “chantagem” a pressão que é exercida pelos próprios aliados e insistiu que levará sua candidatura até o final.
O episódio teria deixado os aliados descontentes como foi ocaso do PSB. O presidente do partido em São Paulo, Márcio França, afirmou que se nem o PT está empenhado na candidatura de Viana, por que os socialistas iriam apoiá-lo. ''É uma vergonha o PT largar Tião nessa situação''.
Distribuição de cargos
“A discussão sobre cargos não é compartilhada pela bancada petista, na medida em que, tanto o Regimento Interno quanto a tradição da Casa asseguram a devida proporcionalidade na sua distribuição. É importante lembrar que assim aconteceu na eleição do senador Renan Calheiros a presidente do Senado”, disse Ideli.
A líder ainda afirmou que os senadores petistas têm consciência das pressões para distribuição de cargos na Mesa e nas comissões do Senado, mas repudiam negociações desses cargos em troca da desistência da candidatura.
Ela considerou que a informação que chega à imprensa faz parte de um jogo de bastidores para desestabilizar o apoio acertado por senadores de diversos partidos, inclusive da oposição e do próprio PMDB.
“A candidatura do senador Tião Viana aponta para os mais altos desígnios do Congresso Nacional, no sentido de reafirmar os valores constitucionais e republicanos de independência e dignidade do exercício parlamentar. Sua candidatura visa ao enfrentamento dos dilemas do Senado diante da assunção de suas funções tanto pelo Poder Executivo quanto pelo Poder Judiciário, para garantir o equilíbrio entre os Três Poderes”, finaliza a nota.
De Brasília,
Iram Alfaia