Demissões rondam metalúrgicos de Carazinho
Metalúrgicos da região de Carazinho, no Planalto gaúcho, temem o aumento de demissões no setor das máquinas agrícolas. Apenas em Janeiro foram desligados em torno de 40 trabalhadores na cidade.
Publicado 04/02/2009 11:32 | Editado 04/03/2020 17:11
No entanto, estimativas apontam que com o fim da safra agrícola em Março, até 10% dos trabalhadores sejam demitidos. Atualmente, o setor emprega em torno de 2,5 mil funcionários nas cidades de Carazinho e Não-me-Toque.
O secretário do Sindicato dos Metalúrgicos da região, Roberto Angonese, explica que as empresas de máquinas estão demitindo porque seus estoques estão cheios e a demanda foi reduzida. “Ali em 2006, 2007 e 2008 elas estocaram bastante. Nos últimos dois anos venderam bastante. Então dinheiro tem, o que está faltando agora é serviço. Por isso é que estão colocando agora o pessoal para a rua”, diz.
O secretário relata que a postura das empresas em não diminuir o lucro tem indignado os metalúrgicos. Recentemente, uma empresa que fabrica peças para máquinas agrícolas demitiu 20 trabalhadores. De acordo com o Angonese, a empresa tentou negociar redução de jornada e salário, mas os funcionários não aceitaram.
“Ali em 2007 e 2008, em que as empresas estavam lucrando bastante, as empresas não foram capazes de chegar para o peão e dar uns R$ 200,00 como participação dos lucros. E agora que a coisa ficou pior, as empresas vêm pedir para reduzir jornada e salário. Elas querem tirar sem nunca terem dado”, afirma.
Estimativa da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul aponta que as demissões no setor já chegam a 3,3 mil.
FONTE: Agência Chasque