A última gota: guardas-civis doam sangue e denunciam Kassab
Centenas de guardas-civis doaram sangue na manhã de terça-feira (3) no Hospital das Clínicas e em outros pontos de coleta de São Paulo. Com o dia garantido, já que a legislação não prevê falta a quem toma a iniciativa, eles seguiram para a Câmara Municipa
Publicado 04/02/2009 15:50
O bordão do protesto inusitado era “já que estão tirando nosso sangue, vamos doar a última gota”. Segundo os manifestantes, 360 dos 6.800 funcionários da corporação compareceram aos hospitais.
A ação solidária, como definiram os guardas, foi seguida de uma concentração em frente à Câmara, no centro. Lá, eles receberam o apoio do vereador estreante Netinho de Paula (PCdoB), pagodeiro que ficou em terceiro lugar no ranking dos mais votados em outubro. Em seguida, os manifestantes foram até o gabinete do prefeito.
Os representantes da categoria afirmam que a gestão Kassab retirou atribuições da GCM (Guarda Civil Metropolitana) ao vetar parte de um projeto aprovado no final de 2008 pelos vereadores. Segundo o Sindguardas, a categoria perdeu sua atribuição de policiamento preventivo e passou a ser apenas “fiscal de camelô”.
“A prefeitura está contratando segurança privada para as escolas e parques desde 2007. Por que não gasta esse dinheiro para melhorar as condições de nosso trabalho?”, questionou o presidente da entidade, Carlos Augusto Sousa Silva.
O projeto que alterou as funções da guarda é o mesmo que recriou a Secretaria de Segurança Urbana, enviado por Kassab no final do ano passado à Câmara. Por pressão da categoria, os vereadores alteraram seu texto, mantendo as funções de policiamento preventivo para a GCM.
Na hora de sancionar a lei, porém, o prefeito vetou o item. Os manifestantes querem que os vereadores derrubem o veto. O assunto deve entrar em pauta nos próximos dias.
Da Redação, com informações da Folha de S.Paulo