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Líder do PCdoB quer soluções para crise com defesa do trabalho

O novo líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), em entrevista à Agência Câmara, disse que seu partido tem como prioridade apontar soluções para enfrentar os impactos que a crise econômica mundial provoca na população brasileira. Ele destaca a impo

Filiado ao PCdoB desde 1985, o parlamentar está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados, onde já foi vice-líder do PCdoB e do bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN e PRB no ano passado. O deputado já integrou várias comissões permanentes e especiais, entre elas a de Direitos Humanos; de Legislação Participativa; de Trabalho; da Reforma Tributária; da Comissão Mista de Orçamento e da CPI do Extermínio no Nordeste.



No ano passado, o deputado apresentou o Projeto de Lei que transfere o ônus da prova para o empregador nos casos de pedido de adicional de insalubridade, periculosidade e indenização por acidentes de trabalho.



O deputado concedeu a seguinte entrevista à Agência Câmara:



Agência Câmara – Quais são os temas prioritários do PCdoB para este ano?
Daniel Almeida – Nós temos como prioridade adotar medidas para enfrentar a crise econômica mundial e os impactos que ela provoca para os brasileiros. Na linha de defesa do desenvolvimento e da manutenção do crescimento do Brasil, na defesa do emprego, do direitos dos trabalhadores, das políticas sociais, buscando a preservação desse rumo que o Brasil está sendo conduzido. E pautando temas como a reforma política, um tema inconcluso e sempre tem que levar em conta essa questão, e o desafio de fazermos a reforma tributária, analisando esse cenário de dificuldades que a economia mundial está vivendo.



Agência Câmara – Qual é a sua posição sobre as principais reformas: a reforma tributária e a reforma política?
Daniel Almeida – A reforma tributária e a reforma política são duas reformas que todos identificamos como necessárias, o problema é o consenso sobre o conteúdo. Você não consegue consenso sobre o conteúdo delas. Que reforma tributária deveria ser feita, que repartição fiscal nós deveríamos produzir, a desoneração da produção. Tudo isso tem muita dificuldade num país com a diversidade do Brasil, com tantos interesses da federação, dos estados e dos municípios. Essa é a grande dificuldade. A proposta que o governo encaminhou tem o sentido de facilitar, de desburocratizar, de simplificar a área tributária e muito pouco de mudanças na repartição das receitas no Brasil. Precisaríamos aprofundar mais em relação a isso. Que pudéssemos diminuir a presença do capital financeiro e valorizar a atividade produtiva. Na área da reforma política, nós temos grandes questões a serem tratadas, como a questão da fidelidade partidária, o fortalecimento dos partidos políticos. Eu acho que temas como o financiamento das campanhas eleitorais e a modificação nos critérios da disputa proporcional são temas indispensáveis em qualquer reforma política.



Agência Câmara – Em relação ao governo, qual será a posição do PCdoB?
Daniel Almeida – O PCdoB faz parte do governo. E continuará acreditando na manutenção desse projeto que o Brasil está conduzindo, aprofundando e ampliando as conquistas dos trabalhadores. Questões como as políticas sociais, Luz para todos, valorização da agricultura familiar, direitos dos trabalhadores, valorização do salário mínimo, redução de jornada de trabalho, nós precisamos agregar a esses avanços que o Brasil tem conquistado algumas conquistas sociais do nosso povo, aprofundando assim o processo de democratização do País. A nossa linha é essa: defesa das políticas que o governo tenha cumprido e trabalhando pela sua ampliação.



De Brasília
Com Agência Câmara