Temporão anuncia recuperação de hospitais municipais do Rio
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta sexta-feira (6), junto com o prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde, Hans Dohman, medidas de recuperação dos quatro principais hospitais municipais do Rio: Souza Aguiar, Miguel C
Publicado 06/03/2009 14:47
Um acordo entre os governos federal e municipal pretende melhorar a assistência nessas unidades, que juntas atendem diariamente 2 mil pessoas.
Eduardo Paes destacou que grande parte da precariedade da saúde do município se dá pela falta de atenção primária no setor, já que 85% dos pacientes não possuem este tipo de serviço.
Ele anunciou que 380 médicos serão contratados por meio de seleção pública para compor os 980 profissionais que serão utilizados nas emergências dos quatro grandes hospitais municipais da cidade (Salgado Filho, Souza Aguiar, Lourenço Jorge e Miguel Couto).
Esta contratação será feita por intermédio da Fiocruz e visa formar sete grandes equipes emergenciais por unidade, com 30 profissionais cada uma, trabalhando em um esquema de plantão de 24 horas.
Serão contratados médicos das seguintes especialidades: anestesistas, cardiologistas, clínicos, cirurgiões geral, vascular e plástico, neurocirurgiões, ortopedistas, otorrinolaringologistas, pediatras e radiologistas.
Paes afirmou que esta é apenas a primeira etapa da reestruturação do sistema de saúde. “O problema da saúde no Rio está na falta da atenção básica. Posto de saúde, lá na ponta dos atendimentos às famílias, deve ser o referencial. O grande desafio na nova gestão é atender à esta necessidade”, disse.
Há pelo menos cinco anos, ainda segundo o prefeito, os hospitais municipais não tem equipes completas nas emergências, o que fez dobrar o problema. Ao todo, serão investidos R$ 36 milhões neste projeto, dos quais R$ 20 milhões serão pagos pelo Ministério da Saúde.
Ainda no primeiro semestre, Paes deve anunciar a implantação das novas teias da saúde municipal que devem trabalhar com o estado.
As seleções dos novos profissionais de várias especialidades devem começar já neste mês, uma vez que o contrato com a atual cooperativa que abastece as emergências dos hospitais municipais com 250 médicos termina no dia 29 de abril.
Os atuais cooperativados também poderão participar deste processo seletivo e aqueles que tiverem boa avaliação dos diretores das unidades terão preferência.
Os novos médicos devem receber um salário líquido em torno de R$ 3 mil. Outro ponto que também deve ser mudado nessas quatro grandes emergências é o processo de seleção dos atendimentos, atualmente feito por vigilantes.
Profissionais de saúde serão deslocados para esta função, que deve avaliar prioritariamente a necessidade do atendimento.
O secretário Hans Dohamnn, em parceira em parceria com o ministro Temporão, também anunciou uma reestruturação na ouvidoria do sistema de saúde.
A Fiocruz, que vai participar desta integração, já atua com projetos semelhantes nos estados do Paraná, Bahia e em Pernambuco e possui uma proposta do Ceará.
Para evitar a vinda de pacientes de outros municípios do estado do Rio para a capital por conta da reestruturação dessas emergências, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, garantiu que muito está sendo feito pela saúde do interior do estado.
“O Hospital de Queimados está passando por uma grande obra. Em Duque de Caxias nós inauguramos no final do ano passado o hospital municipal e não pretendemos parar com o projeto das UPAs na Baixada”, declarou ele.