Filiação de Ricardo Sá enriquece quadros do PCdoB/CE

O PCdoB/CE recebe em seus quadros mais um importante nome. Ricardo Sá, farmacêutico e Diretor do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) oficializa hoje sua filiação.

O contato com o PCdoB deu-se ainda no começo dos anos 80. Acadêmico do curso de Farmácia da UFC, Ricardo Sá foi membro do Centro Acadêmico Rodolfo Teófilo. “Minha aproximação com o Partido aconteceu nos tempos de faculdade. A militância do C.A. era predominantemente de comunistas. Desde aqueles primeiros contatos até hoje, esta aproximação só aumenta”, disse.


 


O desejo de se filiar ao PCdoB surgiu no momento em Ricardo Sá analisou as propostas do Partido de lutar por uma sociedade mais justa e igualitária. “Esses pensamentos vão ao encontro da forma como eu penso de que é sim possível melhorar a vida das pessoas. Se a injustiça que vemos diariamente é uma construção social, eu acredito que ela também pode ser desconstruída coletivamente. E só o PCdoB pode ser este contraponto na medida em que oferece argumentos reais que mostram que ainda é possível acreditar”, defende o farmacêutico.


 


Historicamente, mesmo afastado das ações do PCdoB, Ricardo Sá sempre votou nos candidatos do Partido. Segundo ele, a identificação com o pensamento comunista sempre foi preponderante na hora de decidir em quem votar. Hoje, após sua filiação, o farmacêutico pretende contribuir de forma mais efetiva nas ações desenvolvidas pelo PCdoB. “Pretendo levar as discussões do segmento da saúde para um campo mais amplo e com uma concepção mais abrangente. Não podemos nos limitar em pensar a saúde como a ausência da doença ou apenas no âmbito biológico. Falar de saúde é percebê-la também nos campos social, afetivo e psicológico”, reflete.


 


Para o Diretor do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), sua atuação como militante do PCdoB na esfera pública vai contribuir para uma administração mais democrática e participativa. “Já estamos atuando de forma a integrar todas as pessoas o que não quer dizer que a nossa administração tenha a ausência da disciplina e da hierarquia. Queremos construir um projeto coletivo e envolver todos valorizando tanto o funcionário quanto o usuário”, garantiu.


 


Com o viés de enxergar a saúde de forma mais ampla, Ricardo Sá cita como exemplo um novo projeto executado pelo Lacen: a implantação do teste de paternidade. “Este foi um grande desafio. Quando o secretário João Ananias nos propôs esta demanda, aceitamos de pronto. Muita gente não entendia porque tanto investimento para se descobrir a paternidade de uma criança. A gente avalia que é questão de saúde afirmar à crianças, que muitas vezes sofrem problemas psicológicos e até afetivos, quem são seus pais. Isto é relevante e perfeitamente justificável”, defendeu. Segundo o farmacêutico, em 2005 mais de 3 mil famílias esperavam na fila pela realização do teste. Após a implantação do serviço no Lacen, em apenas três meses, quase 700 famílias já foram atendidas. “Nosso objetivo é de em seis meses zerar a fila de espera”, aposta.


 


De Fortaleza,
Carolina Campos