Mulher de muitas lutas, Firmina recebe homenagem
Na última sexta-feira, durante solenidade de comemoração aos 186 da Batalha do Jenipapo, uma homenagem mais do que justa foi prestada a uma grande mulher. Firmina Sales, como é conhecida, recebeu a medalha Oficial do Mérito Renascença em reconhecimento à
Publicado 18/03/2009 16:10 | Editado 04/03/2020 17:02
Na última sexta-feira, durante solenidade de comemoração aos 186 da Batalha do Jenipapo, uma homenagem mais do que justa foi prestada a uma grande mulher. Firmina Sales, como é conhecida, recebeu a medalha Oficial do Mérito Renascença em reconhecimento à sua luta pelos direitos dos cidadãos.
Firmina Pereira de Sales Dias nasceu em Barro Duro, interior do Piauí, no dia 20 de março de 1958. Aos 21 anos, decidiu mudar-se para Teresina, sob protesto dos pais, Rosa Lima de Sales e Pedro José de Sales. Logo depois, quis ir mais longe, e tentou São Paulo.
Em terras paulistas, fez novos amigos, trabalhou para sobreviver e teve sua primeira filha, Maria Carolina. Apesar de apaixonada pela cidade, Firmina sentia saudade do Piauí e para cá voltou em 1982.
Um ano depois, iniciou sua militância política no PCdoB, sempre a frente de causas que prezassem pelos direitos básicos da população. Tal dedicação lhe fez membro do comitê estadual do partido.
Em 84, torna-se presidente da Associação de Moradores do Bairro Itararé (AMI) e casa-se com José Anselmo Oliveira Dias, a quem defendeu a vida em momento de grande turbulência política e econômica no Estado e com que teve seu segundo filho, Rafael Sales.
Nomeada servidora da Câmara no ano seguinte, ocupou a chefia de gabinete do então vereador Osmar Júnior e, a convite do prefeito da época, Wall Ferraz, dirigiu o Centro Social Urbano do Itararé.
Na presidência da FAMEPI, biênio 88/90, foi onde suas habilidades políticas mais se destacaram, especialmente na luta pela moradia e na defesa dos direitos da criança e do adolescente. Chegou a ser indicada para receber homenagem da Prefeitura. Idealizadora do que hoje é o Teatro Municipal João Paulo II, conseguiu a aprovação desse projeto no Orçamento Popular de Teresina em 1998.
Firmina estudou História na UFPI, já foi professora substituta em escolas públicas e, atualmente é vice-presidente metropolitana da FAMEPI e presidente da Fundação Barão de Itararé (Funbai).
Apesar das limitações que a saúde lhe impôs, não desistiu das lutas. O desconhecimento de muitos em relação à história dessa mulher é previsível, em tempos que aqueles que devemos admirar são os que têm mais dinheiro ou que figuram na mídia constantemente. Mal sabem eles, que Firmina tem tantos méritos que se tornam poucas as medalhas.