EUA lançam plano para comprar US$ 500 bi em ativos tóxicos
O governo dos EUA usará até US$ 100 bilhões em recursos do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp) e capital de investidores privados para gerar US$ 500 bilhões em poder de compra para adquirir ativos tóxicos — investimentos sem valor origina
Publicado 23/03/2009 12:41
O anúncio foi feito pelo Departamento do Tesouro dos EUA nesta segunda-feira (23). Segundo o Tesouro, um dos principais motivos pelos quais o sistema financeiro enfrenta desafios são os “ativos de herança” (ativos mais antigos) e títulos que comprometem a habilidade dos bancos de levantar capital e a disposição de aumentar os empréstimos.
Dentro do novo programa — o Programa de Investimento Público-Privado — o Tesouro, o Federal Reserve e a Corporação Federal de Seguro de Depósito (FDIC) planejam trabalhar em conjunto com investidores privados para tentar reiniciar o mercado para esses ativos problemáticos.
O plano tem duas partes. Ele vai lidar com os empréstimos de herança e com os títulos de herança que entopem o balanço das instituições financeiras. No programa que lida com os empréstimos de herança, os bancos vão identificar os ativos que pretendem vender. O FDIC vai conduzir uma análise para determinar o montante de financiamento que está disposto a garantir. A alavancagem não pode exceder a relação de 6 para 1 do coeficiente de endividamento.
Ativos elegíveis
Os ativos elegíveis serão determinados pelos bancos, pelos reguladores, pelo FDIC e pelo Tesouro. “Uma série de investidores deve participar do Programa de Empréstimos de Herança”, disse o Tesouro no documento. “A participação de investidores individuais, fundos de pensão, seguradoras e outros investidores de longo prazo é particularmente encorajada”, destaca. Já no programa de títulos de herança, empréstimos non-recourse serão disponibilizados para investidores para financiar a compra de ativos securitizados de herança.
Ativos elegíveis devem incluir certos títulos lastreados em hipotecas residenciais que não são de agências, que originalmente receberam rating AAA, e títulos lastreados em hipotecas comerciais e títulos lastreados em ativos que tenham rating AAA. O empréstimo non-recourse implica que, em caso de default, o credor pode confiscar o colateral, mas não pode ir atrás do tomador do empréstimo para buscar compensação adicional, mesmo que o colateral não cubra a quantia total do calote.
Com agências