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Trabalhadores da Pirelli entram em greve para manter emprego

Os 2.300 trabalhadores da Pirelli de Santo André entraram, nesta segunda-feira (22), no terceiro dia de paralisação. Eles reclamam da intransigência da empresa — que propôs reduzir jornada e salários, mas sem garantia de emprego para os funcionários.

Em greve desde sábado, a categoria reivindica a reintegração de 11 trabalhadores demitidos e a retomada das discussões que evitem mais demissões. Na tarde desta segunda-feira, uma assembleia os trabalhadores deliberou a continuidade do movimento. Haverá outra assembleia à noite, após reunião entre sindicato e empresa, que é fabricante de pneus.


 


A Pirelli chegou a procurar o sindicato para tentar negociar o fim da greve. “Eles querem a retomada das atividades, mas se negam a garantir estabilidade”, denuncia o presidente do sindicato, Terezinho Martins da Rocha. “Não vamos negociar demissões de forma alguma. Só vamos anunciar o fim da greve depois que a empresa readmitir os trabalhadores e garantir o emprego dos 2 mil funcionários.”


 


De acordo com o diretor de recursos humanos da Pìrelli, Fernando Garcia, nos últimos seis meses a companhia tem feito inúmeros esforços para preservar o emprego dos funcionários, tendo, inclusive, interrompido a produção por mais de 40 dias, com a concessão de dois períodos de férias coletivas, um em dezembro e outro em fevereiro. Foi a empresa que propôs reduzir jornada de trabalho em 18% e os salários em torno de 11%.