Chávez critica soluções propostas na cúpula do G-20
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse hoje que as soluções à crise econômica colocadas na Cúpula do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes), realizada em Londres, não passam de “uma saudação à bandeira”, ou
Publicado 03/04/2009 13:03
Chávez fez referência à reunião por telefone ao canal estatal “Venezolana de Televisión”, no Irã, onde se encontra em visita oficial.
“Falam de uma regulação mais estrita do mercado financeiro, mas isso é uma saudação à bandeira porque é impossível regular o monstro financeiro do sistema capitalista”, afirmou.
O presidente comentou que os resultados da cúpula “foram piores do que o esperado” e chamou de “loucura” decisões como a de injetar US$ 500 bilhões em organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM).
“Dar dinheiro a FMI e BM é como jogar carne para abutre, porque são eles os vilões que afundaram o mundo”, disse Chávez.
Segundo Chávez, na Cúpula do G20 foram apresentadas iniciativas “interessantíssimas” que não receberam apoio como, por exemplo, a de criar “uma moeda alternativa ao dólar”.
Ele criticou a declaração do G-20 sobre a necessidade de dar continuidade e fortalecer a Organização Mundial de Comércio (OMC). “Com essa medida de dar continuidade à OMC, estão salvando o deus mercado que é o deum imperialista”, afirmou.
Chávez está no Irã como parte de uma viagem que já o levou a Catar e que continuará por Japão e China. Em Teerã, ele inaugurou a sede do banco binacional Irã-Venezuela. Segundo Chávez, medidas como a criação da instituição é “parte das soluções que os povos do mundo requerem”.
“Chegou a hora do fim do imperialismo e sobre suas cinzas nasce um mundo novo. Aqui, venezuelanos e iranianos, estamos criando soluções para a independência e felicidade de nossos povos”, apontou.
Irã e venezuela criaram o banco binacional, que começa com um capital de US$ 200 milhões, destinados a financiar projetos produtivos nas duas nações, assim como em terceiros países.
Com agências