PCP exige dissolução da Otan e desvinculação de Portugal
O Partido Comunista Português apelou nesta sexta-feira (3) aos portugueses que exijam a dissolução do Pacto Militar do Atlântico Norte (a Otan) e a desvinculação de Portugal de políticas de guerra e destruição, considerando que a participação do país n
Publicado 03/04/2009 18:20
''A participação de Portugal na escalada militarista e agressiva da Otan é uma afronta aos princípios fundamentais da Constituição da República Portuguesa'', diz a Comissão Política do Comitê Central do PCP em comunicado.
Citando o artigo 7º da Lei Fundamental portuguesa, o PCP diz que esta ''preconiza explicitamente a dissolução dos blocos político-militares, o desarmamento geral, simultâneo e controlado, e a solução pacífica dos conflitos internacionais, além da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados''.
O PCP exige por isso que o governo e o presidente da república respeitem a Constituição, desvinculando Portugal das políticas de guerra, ingerência e agressão da Otan, e lutando pela dissolução do pacto político-militar ocidental.
No comunicado, a comissão política do comitê central do PCP denuncia a Otan por ser um bloco político-militar imperialista de natureza agressiva, acrescentando que “a sua criação fez parte integrante da contra-ofensiva reacionária que se seguiu à derrota do nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial”.
“Ao longo de toda a sua existência, a Otan tem posto em causa a soberania e independência nacionais”, denuncia o comunicado divulgado nesta sexta-feira.
A Otan participa ativamente das ocupações de Kossovo, na Sérvia, do Afeganistão e do Iraque, tendo papel ativo também na ocupação da Bósnia-Herzegovina e Macedônia junto com a União Europeia