George Câmara critica votação em regime emergencial

George Câmara: quatro vereadores tinham interesse na aprovação da matéria.O vereador de Natal, George Câmara (PCdoB), criticou em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM, na manhã desta terça-feira (31), a aprovação da matéria do parcelamento de ISS da cooperat

Segundo George, as matérias que caberiam votação em regime de urgência são as de adequação, como o aumento do salário mínimo e não as de aprovação de contas com empresas privadas, no caso da Unimed. “Além de ter sido colocada em regime de urgência, a matéria caberia mais anexos para sabermos o montante dessa dívida de 18 anos, com quadros demonstrativos ano a ano do repasse de ISS”, justifica.


 


O vereador explica que a dívida foi iniciada em 1º de janeiro de 1991 e o pagamento foi suspenso em alegação a uma possível bitributação de ISS retido na cooperativa. “Queremos saber quais são os acréscimos e qual o montante. Se esse débito de R$ 3 milhões e as parcelas de R$ 500 durante 30 anos irão pagar o que verdadeiramente a cooperativa deve”, afirma.


 


Para George Câmara, “a matéria não tem elementos para informar o juízo de valor” e por isso, ontem ele e o vereador Luís Carlos deram entrada no Ministério Público pedindo anulação da votação da matéria. Eles encaminharam o pedido juntamente com o DVD da sessão da Câmara, a mensagem da prefeita e “informações importantes para o desfecho do caso”, diz.


 


Além desse fato, ele aponta interesse de quatro vereadores: Albert Dickson, Enildo Alves, Franklin Capistrano e o vereador Maurício Gurgel, filho da médica Nilma Rodrigues na aprovação da matéria, de 16 a 5, posta em bloco para votação na última quinta-feira.


 


Sobre a reforma administrativa, George Câmara acredita que a demora pode ser negativa ou positiva, já que a prefeita pode ter um envolvimento comunitário maior, inclusive podendo abrir debate com a Câmara.


 


O vereador militante do partido PCdoB também comentou o aniversário de 87 anos do partido. “Nossa maior marca é a convivência com outros partidos respeitando as diferenças e a nossa idade. Mantemos uma linha de coerência e temos uam abse nacional unificada. Só que sabe onde quer chegar tem uma vida longa”, declara.


 


Para ele, a maioria dos partidos tem vida efêmera e não consegue seguir os ideais, diferente do PCdoB que tem uma linha antiga de atuação no cenário político brasileiro.


 


Fonte: Blog do Diógenes Dantas / Nominuto.com – Foto: Gabriela Duarte