Coelce pleiteia reajuste médio de 19,16%
O reajuste final só será conhecido na próxima terça-feira, dia 14, quando a diretoria da Aneel vota o pleito
Publicado 10/04/2009 13:01 | Editado 04/03/2020 16:35
Neste ano, se depender da solicitação enviada pela Companhia Energética do Ceará (Coelce) à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os cearenses terão a tarifa cobrada em sua conta de luz reajustada, em média, em 19,16%. Índice a ser aplicado aos preços praticados pela empresa a partir do dia 22 de abril. Entretanto, o reajuste final só será conhecido na próxima terça-feira, dia 14, quando a diretoria da Aneel vota o pleito da Coelce em sua reunião pública ordinária.
O percentual pleiteado pela Coelce é o maior requerido entre as demais distribuidoras de energia operando no Nordeste, que também terão seus reajustes anuais tarifários conhecidos na mesma data. Entre elas, a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), que pediu aumento médio de 13,65%; e da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), que solicitou aumento de 14,70%.
A solicitação da Coelce consta da carta número 015/2009, endereçada ao órgão regulador no último dia 17 de março de 2009, conforme relatório assinado pela diretora da Agência, Joísa Campanher Dutra Saraiva. O percentual sugerido pela distribuidora contempla o reflexo da variação de 15 itens listados pela empresa.
Entre eles, Índice de Reajuste Tarifário (IRT), de 12,40%; processamento e saldo a compensar de valores de itens da Parcela A dos preços da companhia, de 2,698%; recomposição de desconto concedido a irrigantes e aqüicultores, de 0,527%; recomposição de desconto concedido na Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição (TUSD) , de 0,028%; subvenção para baixa renda do grupo T4, de 1,568%; e subvenção para baixa renda do grupo T1, de 0,189%.
Além destes, constam ainda do pleito da Coelce, o repasse de sobrecontratação de energia, de -0,587%; a exposição por diferenças de preços entre submercados, de -0,148%; o percentual do financeiro de campanha de medidas, de 0,008%; o atraso no repasse mensal da subvenção econômica para baixa renda pela Eletrobrás, de 0,019%; os custos de garantias financeiras, de 0,010%; o saldo da amortização da Parcela A dos preços referente à Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE), de -0,113%; e o ajuste no Fator X, espécie de mecanismo redutor aplicado ao reajuste de tarifa com o objetivo de compartilhar os ganhos de produtividade da concessionária, de 0,300%.
Na conta feita pela Coelce, a empresa incluiu também a recomposição de custos com impostos, a exemplo da recomposição dos custos com os tributos PIS/Cofins, de 1,01%; e a recomposição dos custos devidos à não compensação do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) futuro, de 1,254%.
Em 2008, as tarifas cobradas pela empresa foram reajustadas, em média, em 8,43%. Neste mesmo ano, a Coelce registrou o maior lucro de sua história, contabilizando resultado de R$ 339 milhões, alta de 38,3% sobre o apurado em 2007, quando a concessionária obteve lucro líquido de cerca de R$ 245 milhões.