Obama vê 'tênue luz de esperança' para economia
O presidente americano Barack Obama afirmou nesta sexta-feira (10) que “vislumbra uma tênue luz de esperança” para a economia americana atualmente em recessão, enfatizando, ao mesmo tempo, que “ainda há muito trabalho” a fazer para se conseguir u
Publicado 10/04/2009 16:36
“O que começamos a ver é uma tênue luz de esperança para a economia”, afirmou Obama, referindo-se ao aumento do número de empréstimos concedidos às pequenas empresas, as reduções fiscais que começam a fazer efeito, assim como os novos investimentos em infraestrutura e energia.
“Começamos a ver alguns avanços e, se não recuarmos ante algumas dificuldades, estou totalmente convencido de que vamos encaminhar novamente a economia”, afirmou, evitando, no entanto, demonstrar otimismo excessivo.
“Sempre fomos muito prudentes em nossas previsões e isso não vai mudar com a desculpa de que estamos na Páscoa. A economia ainda está sob uma pressão terrível”.
Os últimos dados oficiais, correspondentes ao mês de março, situam a taxa de desemprego em 8,5%, número que, segundo especialistas, pode subir até 10% no final deste ano.
“O povo está em uma situação difícil”, afirmou Obama, anunciando também, sem dar detalhes concretos, que sua administração adotará nas próximas semanas medidas adicionais para superar a crise.
“Começamos a ver um progresso”, destacou o presidente americano, acrescentando que está “absolutamente convencido” que se o país não perder a queda-de-braço com as dificuldades presentes, voltará a ter a economia no caminho certo.
Obama se reuniu com o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner; o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke; a responsável pela Comissão Federal de Seguros de Depósitos, Sheila Bair, e a presidente da Comissão de Valores Mobiliários americana, Mary Schapiro.
Também compareceram ao encontro Lawrence Summers e Christina Romer, dois dos principais assessores de Obama para assuntos econômicos.
O presidente e sua equipe analisaram os últimos esforços governamentais para estimular a economia e estabilizar o setor financeiro, assim como a situação do setor imobiliário e o programa para sanear o balanço dos bancos que possuem os chamados “ativos podres”.
Entre os indícios encorajadores dos últimos dias está a projeção de lucros do banco americano Wells Fargo, que espera ganhar em torno de US$ 3 bilhões no primeiro trimestre, segundo anunciou a empresa na quinta-feira.
Além disso, diminuiu o número de pedidos semanais para obtenção de seguro-desemprego e cresceu o montante das previsões de vendas das cadeias varejistas que atuam nos EUA.