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BC usa sofisma da desinflação para manter juros altos

O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Mário Mesquita, disse que há “risco de deflação nas economias maduras”. Mas alegou que, na América Latina, com exceção do Chile, “ainda estamos falando em desinflação (desconto de inflação passada)

No Brasil, segundo Mário Mesquita, “o número para março (do IPCA) ficou em 5,61% no acumulado em 12 meses, isto é, bem longe de zero”. A afirmação foi feita em palestra a empresários e investidores organizada pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Nova York.


 


São afirmações que ajudam a entender a dificuldade do BC em sintonizar-se com o movimento mundial de redução acentuada dos juros. No Brasil, depois manter a taxa básica de juros (Selic) engessada, mesmo com o estouro da crise, no fim de 2008, o BC voltou a reduzi-la, mas em ritmo excessivamente tímido diante da ameaça de recessão que ronda o país.


 


O discurso de Mesquita reafirma que o BC parece subestimar os riscos da crise e não estar preparado para reduções efetivas dos juros. Para ele, esse risco parece que ronda apenas o restante do mundo, que, segundo Mesquita, deve registrar o “primeiro declínio do PIB global desde a Grande Depressão”. É a ditadura monetarista, que no Brasil ainda mostra força.


 


Com informações do Monitor Mercantil