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FAO enviará especialistas em saúde animal ao México

Grupo deve chegar ao país até sexta-feira; gripe suína já matou pelo menos 150 pessoas; na segunda-feira OMS decidiu elevar alerta de pandemia para 4, o mais alto desde 2005.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, informou que enviará, ainda esta semana, uma equipe de especialistas em saúde animal ao México.



O grupo deve ajudar as autoridades do país a descobrir como o novo vírus AH1N1, que causa a gripe suína, obteve materiais genéticos de seres humanos, aves e de influenza em porcos.



O chefe de Doenças Infecciosas do Serviço de Saúde Animal da FAO, Juan Lubroth, disse à Rádio ONU, de Roma, que a missão do órgão vai investigar a situação sanitária em suínos, particularmente no contexto do atual surto.



Laboratório



“Também vai realizar uma análise de riscos para os humanos. É preciso notar que este vírus, AH1N1 tem componentes diferentes. Ela não tem só uma origem suína. Tem também componentes aviárias e humanas. Este vírus é completamente distinto do que se encontra em suínos noutras partes do mundo”.



Segundo o governo mexicano, pelo menos 150 pessoas já teriam morrido no país com sintomas da gripe, mas apenas 20 casos foram confirmados por testes de laboratório como gripe suína.



O anúncio foi feito no mesmo dia em que uma outra agência da ONU, a Organização Mundial da Saúde, OMS, decidiu elevar o alerta de pandemia para 4, o mais alto desde que o sistema foi criado em 2005.



A medida indica que um surto de transmissão da doença entre humanos, em pelo menos um país, aumenta o risco de uma pandemia.



Nos Estados Unidos, já foram confirmados pelo menos 40 casos em cinco estados. Somente em Nova York, 28 alunos de uma mesma escola apresentaram sintomas da gripe.



Nova Zelândia



A OMS afirmou que a doença já se espalhou pelo norte do continente americano. Fora da região, Espanha, Nova Zelândia, Israel, Grã-Bretanha e Brasil também informaram suspeitas de casos de contaminação.



Os sintomas da gripe suína são dores de cabeça e de garganta, febre alta, dores no corpo e, em alguns pacientes, vômito e diarreia.



Segundo a OMS, não existe uma vacina contra a doença e para que uma fique pronta são precisos, pelo menos, de quatro a seis meses.



A agência acredita que até a chegada das doses aos postos de saúde, o surto já poderá ter acabado.