Nova Lei Rouanet: 'O Globo' e 'Folha' manipulam informações
Embora a “grande imprensa” venha, de modo geral, apresentando um comportamento bem menos figadal do que o adotado por ocasião da discussão do projeto da Ancinav, a cobertura, pelos jornais Folha de S.Paulo e O Globo, das discussões em to
Publicado 30/04/2009 19:32
O debate para renovação da lei começou oficialmente em 2003, foi pontualmente retomado depois disso e ganhou força no ano passado, durante o Fórum Nacional de Financiamento da Cultura, entrando para a ordem do dia a partir da divulgação, há um mês, de documento, produzido no âmbito do Ministério da Cultura, que resume e hierarquiza as propostas anteriormente debatidas. Desde então, PDF com as diretrizes do projeto está disponível para consulta pública no site do órgão.
Os maiores problemas identificados são a concentração dos projetos em poucas empresas produtoras (3% dos captadores obtiveram 50% do volume de verba arrecadada desde a vigência da lei), a desigualdade regional (Sul e Sudeste ficaram com 86% do total de verba captada entre 2002 e 2007), o baixo investimento privado (apenas 10% do custo dos projetos; o restante é coberto por dinheiro público) e, sobretudo, a “censura privada” (80% dos projetos julgados aptos a captar recursos não encontram diretor de marketing que os patrocine – com dinheiro público, convém notar).
O fato de o ingresso mínimo para o Cirque du Soleil — que, acredite, captou recursos pela lei — ter custado R$300 chamou a atenção para a necessidade de instituir alguma forma de retribuição social ou controle de preço de ingressos; já o montante arrecadado através da lei por órgãos governamentais (nos âmbitos federal, estadual e municipal) e da oposição (por exemplo, o Instituto Fernando Henrique Cardoso) evidenciou a necessidade de coibir seu uso político.
Fonte: Folha do Espírito Santo