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Governo mexicano diz que gripe suína começou a diminuir

O Governo mexicano anunciou hoje que a epidemia de gripe suína “encontra-se em sua fase de queda”, já que o país não registra mortes comprovadamente por seu vírus desde terça-feira, 28 de abril, e seu poder de contágio acabou sendo menor que o esperado

De acordo com os últimos dados divulgados pela Secretaria de Saúde do México, o número de mortes comprovadamente causadas pela gripe suína no país se mantém estável em 19.


 


As vítimas morreram entre 11 e 28 de abril, a maioria delas na capital mexicana, e desde então não se detectaram novas mortes pela gripe suína.


 


A quantidade total de pessoas vivas que estão com o vírus da doença é de 487.


 


O secretário de Saúde do México, José Ángel Córdova, explicou hoje em entrevista coletiva que o “pico” da doença em nível nacional se deu entre 23 e 28 de abril.


 


Dentre o total de 1.280 casos suspeitos do vírus AH1N1 analisados com provas moleculares por laboratórios especializados, 506 (39,5%), menos da metade, foram positivos.


 


Além disso, os resultados “mostram que o vírus foi suscetível aos medicamentos antivirais” e que “as medidas preventivas parecem ter surtido efeitos para cortar a transmissão”, apontou Córdova.


 


No entanto, ele insistiu em que as autoridades e a população não devem “baixar a guarda”, e continuar com as recomendações sanitárias como lavar frequentemente as mãos e usar máscaras.


 


As boas notícias coincidiram com o início das campanhas eleitorais no México para a eleição de 5 de julho, que renovará os 500 integrantes da Câmara dos Deputados e governadores de seis estados, além de prefeitos e congressos locais (equivalentes às Câmaras de Vereadores) em 11 dos 32 estados do país.


 


Os candidatos dos partidos, que foram aconselhados a não convocar atos de grande porte devido à epidemia, iniciaram suas campanhas, muitas delas por meios eletrônicos como YouTube, MySpace, Twitter, Facebook e páginas pessoais da internet, para tentar ganhar os votos de 78 milhões de eleitores.


 


O chefe da política sanitária mexicana argumentou que a severidade das medidas adotadas no México para conter a doença se deve às estimativas realizadas pelas autoridades para um cenário de pandemia generalizada e às recomendações da Organização da Saúde (OMS) para enfrentar um vírus com transmissão de pessoa para pessoa.


 


Neste sentido, afirmou que as autoridades mexicanas estimaram, em 2005, que uma pandemia generalizada de gripe, com uma taxa de ataque de 25%, “potencialmente” poderia causar no país “mais de 50 mil mortes, 250 mil internações e 15 milhões de consultas (médicas) em um período de oito semanas”.


 


Entre outras medidas, o México suspendeu as aulas em todo o país, em universidades e escolas, afetando 33 milhões de estudantes, e cancelou atividades não essenciais do Governo entre 1º e 5 de maio -próxima terça-feira.


 


Na Cidade do México, vazia e com pouco trânsito, além disso, foram cancelados todos os eventos de massa e seus mais de 35 mil restaurantes só podem vender comida em domicílio, permanecendo fechados, assim como bares, discotecas, zoológicos e museus, entre outros locais.


 


O pânico criado por este novo vírus afetou sobretudo a indústria do turismo, terceiro motor econômico do país, com cancelamentos de voos, cruzeiros e viagens e a saída de milhares de turistas.


 


Córdova argumentou que, desde o início houve evidência de transmissão de pessoa para pessoa no México, embora em 23 de abril um laboratório do Canadá tenha confirmado a presença de um novo vírus nesse país.


 


Por esta razão se iniciaram nesse mesmo dia as medidas recomendadas pela OMS para estes casos, como o distanciamento social, fechamento de escolas e proibição de concentrações maciças.


 


Adicionalmente, insistiu que a cepa do vírus de gripe suína é nova no mundo e, por isso, não era “possível conhecer seu comportamento epidemiológico e prever o desenvolvimento da epidemia”.


 


Na capital mexicana aumentaram hoje os trabalhos de desinfecção de locais públicos, sobretudo no metrô da cidade, onde foram instalaram câmaras térmicas para detectar pacientes com alta temperatura.


 


Além disso, os passageiros receberam gel contra bactérias e as instalações foram desinfetadas.


 


Este operação será estendida amanhã às escolas e a todos os sistemas de transporte da capital mexicana, incluindo os táxis.


 



Fonte: Efe