Sem categoria

Evo pede ''duro castigo'' para separatismo entre militares

O presidente da Bolívia, Evo Morales, oediu ''um duro castigo'' para ex-chefes das forças armadas envolvidos com uma conspiração separatista em Santa Cruz. Uma comissão multipartidária da Câmara dos Deputados investiga desde abril o ''Caso Rózsa'': denúnc

''Caso se confirme que os ex-generais na reserva planejavam a divisão da Bolívia, eu quero fazer um chamamento ao Alto Comando Militar, para que dê um duro castigo nesses militares que querem dividir a Bolívia, porque não se pode aceitar nenhuma divisão'', afirmou Evo. ''Serei o primeiro a exigir que a justiça militar dê duro castigo a esses ex-comandantes'', insistiu.

Evo referiu-se, ''pelas informações que tenho ouvido'', a alguns comandantes, ex-generais. ''Espero que oficiais do serviço ativo não estejam comprometidos com esses grupos estrangeiros visando a divisão da Bolívia'', agregou. ''Isto é traição à pátria''. Isto é condenado pela Constituição e por muitas normas bolivianas'', disse ainda.


 


Empresários de Santa Cruz financiavam

Os generais da reserva Lucio Áñez e Gary Prado são mencionados nas investigações sobre o  ''Caso Rózsa''. Na noite de sexta-feira, divulgou-se que o grupo planejava atentados em Santa Cruz (a maior cidade da Bolívia, capital do departamento homônimo e centro da oposição ao governo Evo), visando isolar a cidade. Prado admitiu ter tido um encontro com o suposto comandante da célula.


 


Eduardo Rózsa foi abatido pela polícia em 16 de abril, no hotel “Las Americas”, em Santa Cruz. Junto com ele morreram o irlandês Michael Dwyer e o romeno Magyarosi Arpak, ao passo que o húngaro Elot Toazo e o boliviano-croata Mario Tadik foram presos. O grupo tinha em seu poder um arsenal que incluía explosivos plásticos C4, destinados a atentados terroristas. Graças a uma testemunha-chave, Ignacio Villa Vargas, vulgo “el Viejo”, investiga-se as ligações da célula com líderes da oposição conservadora, militares e ainda um grupo de 20 empresários cruzenhos que financiavam a conspiração, inclusive o deslocamento de Rózsa em um avião particular.



Reforma agrária nas terras de Lozada

Evo Morales entregou no sábado a camponeses do norte do departamento de La Paz terras confiscadas do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-1997 e 2002-2003). Morales entregou aos descendentes de africanos que moram na região cocaleira de Yungas 400 hectares que o Instituto Nacional para a Reforma Agrária expropriou de Sánchez de Lozada porque não cumpriam a legalmente exigida ''função econômica e social''.

Sánchez de Lozada foi derrubado em outubro de 2003 por uma sublevação popular, parte do movimento que conduziu Evo à Presidência. Obrigado a fugir do palácio de governo em um helicóptero, o presidente deposto, cujo apelido é ''el Gringo'', asilou-se nos Estados Unidos. A Bolívia solicitou sua extradição, depois que ele foi condenado por uso da violência militar contra os rebeldes de 2003.

Da redação, com agências