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Filme em preto e branco leva a Palma de Ouro em Cannes

O preto e branco reapareceu com força em um tema de culpa coletiva com a 1ª Guerra Mundial por cenário, e levou a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, neste domingo (24). Já havia impactado em sua estréia, na última semana do Festival.

Michael Haneke, o laureado diretor austríaco de A pianista, conquistou a cobiçada Palma de Ouro com Dass Weisse Band, A fita branca, ou em inglês The White Ribbon, um filme que estreou na Cote D'Azur francesa com ares triunfais.

Com impecável fotografia em preto e branco, o roteiro trata da desconfiança, castigo e contrariedades entre os moradores de uma aldeia alemã em 1913, às vésperas da 1ª Guerra. Para muitos, é uma inquietante dissecação das origens do nazismo em um pequeno povoado protestante. O longametragem levou também o prêmio da Fipresci (Federaçãi Ibnternacional da Imprensa Cinematográfica).

O juri, presidido pela atriz francesa Isabelle Hupert (precisamente a intérprete de A pianista), foi bastante fiel ao clima desta edição de Cannes, em particular os comentários da crítica e da imprensa em geral.

Desta forma, não deu as costas a outro filme que obteve notáveis elogios, Um profeta, drama carcerário do francês Jacques Audiard. Este recebeu o Grande Prêmio do Júri, segunda premiação mais importante no Boulevard de La Croissete.

A Palma de Ouro de melhor atriz foi para a notável Charlotte Gainsbourg, filha  de Jane Birkin. A de melhor ator para Serge Gainsbourg, por Anticristo (Lars Von Trier), e Christoph Waltz, por Inglorious Basterds (Quentin Tarantino).

O veterano Alain Resnais, que se apresentou na 62ª edição do festival com Les herbes folles, ganhou o prêmio especial por sua trajetória, em um dos momentos mais emocionados da festa de encerramento. Cinco décadas atrás, Resnais impactava Cannes e o conjunto com mundo do cinema com Hiroshima meu amor.

O filipino Brilante Mendoza foi escolhido o melhor diretor, por Kinatay, enquanto o prêmio de roteiro foi para o chinês Lou Ye, por Spring Fever.

O prêmio do juri foi entregue à diretora britânica Andrea Arnold e ao diretor sul-coreano Park Chan-Wok.

Fonte: agência Prensa Latina