Itamaraty entra na luta para ajudar Rio a sediar Olimpíada
O Brasil vai usar sua rede de consulados para monitorar o Comitê Olímpico Internacional (COI) e intensificar o lobby pela candidatura do Rio para a sede da Olimpíada de 2016. Nas próximas semanas, o Itamaraty vai nomear um assessor do governador do Rio
Publicado 10/06/2009 17:19
O escolhido para a função é o diplomata Ernesto Rubarth, que nos últimos anos atuou como subsecretário de relações internacionais de Cabral. Oficialmente, Rubarth terá a função de atender aos interesses dos brasileiros que vivem na região de Genebra, Suíça. Certidões de nascimento, renovação de passaportes e prestar assistência aos brasileiros presos estão entre as funções do cônsul.
Ernesto Rubarth, porém, ainda terá a função de acompanhar de perto o que ocorrerá no COI nos próximos meses. Na quarta-feira da semana que vem, uma delegação carioca apresenta o projeto dos Jogos de 2016 na sede da entidade máxima do esporte, em uma reunião fechada. Além do Rio, as cidades candidatas a organizar a Olimpíada são Chicago, Madri e Tóquio.
Nas casas de apostas de Londres, o Rio está na segunda colocação entre as cidades mais cotadas para sede dos Jogos de 2016, superado apenas por Chicago, que poderia ter sua candidatura reforçada pelo apoio pessoal do presidente Barack Obama. Mas, no relatório técnico do COI, o Rio foi classificado para a última etapa da seleção na quarta colocação.
Visita cancelada
O Comitê anunciará a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 em outubro. Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretendia fazer uma visita ao COI, em Lausanne, a pedido do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) com a meta de intensificar o lobby do País e deixar claro o interesse do governo pela candidatura do Rio. No entanto, segundo informações do Palácio do Planalto, o mesmo COB demoveu o presidente da ideia, alegando que a iniciativa poderia ser mal-interpretada no COI.
Biografia
Ernesto Otto Rubarth: 60 anos, gaúcho de Rio Grande, graduou-se em Direito e Filosofia pela FURG e é mestre em Sociologia Política pela PUC-RJ. Aos 26 anos, ingressou no Instituto Rio Branco, onde fez curso para carreira diplomática. Trabalhou nas Embaixadas de Praga, Escolmo, Pretória, Montevidéu e no Consulado de Los Angeles. Foi chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde de 1995 a 1999.
Fonte: O Estado de S. Paulo