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Japão pretende cortar 15% nas emissões de CO2 até 2020

O Japão vai reduzir sua emissão de gases causadores do efeito estufa em 15% até 2020 em relação aos níveis de 2005, disse nesta quarta-feira (10) o primeiro-ministro Taro Aso.

O Japão é o quinto maior emissor de CO2 do mundo e analistas afirmam que a meta anunciada pode não ser suficiente para impulsionar as negociações para um novo acordo climático global.



A meta, que exclui a compra de créditos de carbono do exterior, é equivalente a um corte de 8% em relação ao nível das emissões de 1990.



“O plano do primeiro-ministro Aso é horroroso. A nova meta de Aso significa que o Japão efetivamente dá às industrias sujas a liberdade para poluir sem limites por oito anos”, disse Kim Carstensen, da ONG ambiental WWF, criada pela monarquia britânica e holandesa.



O Partido Democrático, de oposição e que lidera as pesquisas de opinião, disse que o corte de emissões deveria ser de 25% em relação a 1990.



“Muito pouco e muito tarde. Uma redução de 15% das emissões em relação ao nível de 2005 até 2020? Isso é apenas 8,5% de redução do nível de 1990”, considerou o professor Yoshi Murasawa, da Universidade de Tóquio.



Em dezembro, a ONU vai promover uma discussão climática em Copenhague com o objetivo de selar um novo acordo climático global que substitua o Protocolo de Quioto a partir de 2013.



O anúncio do Japão foi considerado um sinal negativo das intenções de cortes dos países ricos para combater o aquecimento global.



“Esse compromisso não é forte o bastante. Países como o Japão devem se comprometer a cortes maiores nas emissões se quiserem encorajar os países em desenvolvimento como Índia e China a também fazerem cortes nas suas emissões”, disse Matthew Clarke, professor da Escola de Política Internacional da Universidade de Deakin, em Melbourne.