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FMI e Banco Mundial precisam mudar, diz ONU

Organismos financeiros internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial precisam de uma reforma urgente, mas o mundo permanece dividido sobre como aperfeiçoá-los, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU

“As instituições mundiais criadas gerações atrás precisam prestar mais contas, tornarem-se mais representativas e mais eficazes”, disse Ban na abertura de uma reunião de três dias na Assembléia Geral da ONU para discutir a crise financeira global e seu impacto sobre o mundo em desenvolvimento. “Lamento que a reforma institucional financeira tenha dividido os Estados membros (da ONU)”, afirmou ele.


 


A questão sobre a reestruturação do FMI, do Banco Mundial e de outros organismos financeiros internacionais foi um dos itens sobre os quais os 126 países participantes tiveram dificuldades em chegar a um acordo durante os meses de negociação sobre uma série de propostas para reformar o sistema financeiro global. Um projeto de 15 páginas delineando as propostas, que os delegados esperam aprovar na sexta-feira, pede pelo aperfeiçoamento do FMI.


 


O projeto disse que os países “reconhecem que é imperativo fazer, como questão prioritária, uma ampla e rápida reforma no FMI (…) a fim de aumentar sua credibilidade e sua capacidade de prestar contas, sua legitimidade e eficácia”. Mas a única reforma específica pedida pelo documento é a de que o poder de decisão dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento seja aumentado na próxima revisão de cota do FMI até o início de 2011.


 


Crise


 


O projeto, ainda em negociação, também pede para que os líderes das instituições financeiras globais sejam indicados de forma a levar em consideração a questão geográfica. Diplomatas afirmaram que isso significa que as diferentes regiões devem fazer rodízios nas presidências e que os monopólios regionais sobre certos cargos deverão ser abolidos.


 


Ban afirmou que o mundo está “lutando para superar a pior crise financeira e econômica global desde a criação das Nações Unidas há mais de 60 anos”. Ele repreendeu os países mais ricos do mundo por quebrarem as promessas de aumentar a ajuda à África. Embora a reunião esteja sendo chamada de conferência, nenhum líder do Ocidente se fez presente. Cerca de dez presidentes e premiês, em sua maioria da América Latina e do Caribe, apareceram. Outros países participantes enviaram delegações de escalões inferiores.


 


Com agências