Ato pela redução da jornada une trabalhadores em Salvador
Os trabalhadores baianos fizeram parte da grande mobilização nacional pela redução da jornada de trabalho realizada nesta terça-feira (30/6) em todo o país. Em Salvador, as centrais sindicais se uniram em um ato político em frente à Superintendência Regio
Publicado 01/07/2009 09:20 | Editado 04/03/2020 16:20
A expectativa agora é que, após 14 anos em tramitação, a proposta seja finalmente votada em plenário no início de agosto. O texto aprovado também aumenta o valor da hora extra de 50% para 75% do valor normal. Segundo o Dieese, a redução da jornada e a adoção de medidas para desestimular as horas extras podem gerar de cerca de 2,5 milhões de empregos formais no país.
“Este é o momento das centrais se unirem para pressionar os deputados a aprovarem este projeto. A redução da jornada de trabalho melhora a saúde do trabalhador, aumenta a produtividade e abre a possibilidade para a sua qualificação profissional. Esta mudança será um avanço importante para o mercado de trabalho no país”, declarou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo.
Durante a manifestação pela aprovação do projeto, Araújo lembrou ainda dos resultados positivos que a redução de jornada mostrou em outros países. “O Brasil precisa se aproximar da situação vivenciada na França, Alemanha e Canadá, onde a jornada é de 35 horas semanais. Na Venezuela, a mudança já foi aprovada e deve acontecer até o final de 2010”, ressaltou o presidente da CTB Bahia.
O ato público no Centro de Salvador contou também com representação da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Durante as duas horas de manifestação, representantes de diversos sindicatos se revezaram ao microfone para falar da importância da redução da jornada. “Vivemos em um país com um grande contingente de desempregados. Precisamos pressionar o governo e o Congresso a aprovarem medidas que ajudem a resolver o problema. Reduzir a jornada é gerar empregos e é disto que o Brasil precisa”, concluiu Valdemir Medeiros, diretor da CUT Bahia.
De Salvador,
Eliane Costa