Líder hondurenho avalia que o antigolpismo se fortalece
O movimento popular antigolpista se reforça a cada dia em Honduras, disse Israel Salinas, secretário-geral da Federação Unitária dos Trabalhadores e um dos líderes do bloco de organizações que lutam pacificamente pelo retorno da ordem co
Publicado 08/07/2009 14:18
“Os hondurenhos conscientes estão se incorporando à luta, que não vai parar enquanto Manuel Zelaya não retornar à presidência, disse o líder sindical à agência cubana Prensa Latina, durante as manifestações queprosseguiram nesta quarta-feira pelo 11º dia consecutivo.
Salinas é o principal dirigente da Federação dos Trabalhadores Unidos (FUTH), uma das três organizações sindicais que compõem a Frente Nacional contra o golpe. O bloco também aglutina outras organizações sociais, camponesas, estudantis, juvenis, de direitos humanos, ambientalistas, femininas.
Participa também da Frente a Unificação Democrática (UD, partido de esquerda, com cinco dos 128 deputados no Congresso Nacional). Somam-se ainda algumas bases do Partido Liberal, uma das legendas tradicionais do país, ao qual pertencem tanto Zelaya como o encabeçador do regime de fato, o empresário Roberto Micheletti.
A Frente, inicialmente denominada Resistência Popular, foi criada poucas horas após o golpe na manhã do dia 28 de junho, quando se soube que o exército sequestrara o presidente Zelaya e o expulsara para a Costa Rica.
A Frente convocou uma greve geral que teve início no mesmo dia do golpe. Na segunda-feira (29), decretou a greve total, minutos antes de centenas de soldados dispersarem violentamente os manifestantes que protestavam diante da sede presidencial.
Somaram-se à greve os sindicatos e associações de professores. Seus dirigentes confirmaram que não voltarão às salas de aula até o retorno da legalidade democrática no país e de Zelaya à presidência.
Os líderes da frente avaliam que o regime é de fato está isolado, graças ao repúdio internacional manifestado em organizações como as Nações Unidas.
Os golpistas, por sua vez, também mobilizam suas bases de apoio. Ontem (7) fizeram um evento público para os seus adeptos, na maioria conservadores das classes média e alta, grupos evangélicos e a hierarquia católica.
Com informações da Prensa Latina (http://www.prensa-latina.cu)