Sem teto continuam protesto em frente a edifício de Lula, em SP
A frente do prédio onde fica o apartamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo, continua sendo palco do manifestação feita pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) em conjunto com o Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saú
Publicado 10/07/2009 15:01
Desde as 14h da quarta-feira integrantes do MTST estão acampados no local. Eles reivindicam a inclusão no Programa Minha Casa, Minha Vida e a aceleração dos processos de desapropriação de áreas ocupadas pelo movimento, de modo a impedir ações de despejo contra as famílias que estão nesses locais.
“Estamos indignados com as falhas do Minha Casa, Minha Vida. O programa habitacional é lento, não é flexível e não atende à nossa classe”, citou um dos coordenadores estaduais do Movimento, Zezito Alves da Silva. Segundo ele, o grupo que passou a noite na rua é composto por 150 pessoas.
“Representamos as 1.400 famílias que serão despejadas daqui a 15 dias do terreno ocupado em Sumaré, interior de São Paulo – onde estão há 8 meses. Protestamos contra a iminente reintegração de posse dessa área, além das moradias prometidas pelo governo, principalmente para nós, que necessitamos”, afirmou Zezito.
Os manifestantes deverão ocupar a rua em frente ao prédio do Presidente, na avenida Francisco Prestes Maia, bairro Santa Terezinha, até que seja feita alguma proposta. De acordo com o grupo, ontem o presidente do PT (Partido dos Trabalhadores) municipal disse que levará a pauta adiante à procura de negociação.
Enquanto isso não acontece, para simbolizar a insatisfação quanto ao setor da habitação, a cada dia que passa uma pessoa deve se acorrentar como as demais (que já são cinco). O grupo também espalhou pela rua faixas e a cada duas horas se reúnem para protestar em forma de gritos e músicas.
A ideia de tentar chamar a atenção do presidente Lula surgiu porque os sem-teto acreditam que há a necessidade de envolvimento do governo federal na solução dos problemas de habitação no Estado. “Só os governos dos estados e municípios não têm condições de resolverem o problema de habitação de São Paulo”, afirmou Auro da Silva.
“Estamos abertos para negociação. O problema é que precisamos fazer tudo isso para que as pessoas olhem para nós e para nossa situação. Neste momento, o Lula já deve estar ciente do movimento. Espero que ele peça para que algo seja feito”, relatou Silva, um dos coordenadores estaduais do MTST.
Com agências