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Vírus da gripe não mostra sinais de mutação, diz CDC

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos afirmou nesta quinta-feira (23) que, por enquanto, não há indícios de mutação do vírus A (H1N1), embora a gripe suína esteja se expandindo rapidamente pelo mundo.<

A especialista Nancy Cox, do CDC, disse que é “bastante surpreendente” que tenham surgido mais variações genéticas do vírus, que contagiou já mais de 40 mil pessoas nos Estados Unidos, e causou 263 mortes no país.



Já em relação aos estudos sobre a doença, Cox explicou que os testes do CDC confirmaram que as pessoas que receberam a vacina estacional no passado têm pouca ou nenhuma imunidade contra o A (H1N1). A especialista afirmou também que o A (H1N1) ainda não se adaptou completamente aos humanos.



Austrália testa vacina



Começaram nesta quarta-feira os primeiros testes da vacina contra a gripe suína em humanos, segundo oficiais de uma indústria farmacêutica da Austrália.



Duas empresas de biotecnologia começaram a injetar as vacinas em voluntários adultos na cidade de Adelaide.



Na segunda-feira, 300 pessoas começaram a ser vacinadas nesta cidade, enquanto em Melbourne 240 voluntários começaram uma bateria de sete meses de testes nesta quarta.



As companhias Vaxine e CSL, que desenvolveram as vacinas, dizem que estes são os primeiros testes em humanos.



“Nós estamos no hemisfério sul, onde o problema está acontecendo agora. Nós estamos no meio de um surto de casos de gripe suína com o qual os Estados Unidos podem ter menor preocupação, pois o inverno neste país será daqui a 6 meses”, disse Nikolai Petrovsky, da Vaxine.



Um aumento de novos casos da gripe está prevista para setembro e outubro, na Austrália, quando voltam de férias os estudantes e trabalhadores que viajaram ao Hemisfério Norte.



O governo federal da Austrália encomendou 21 milhões de doses da vacina para a CSL.



“Nós acreditamos que essa nova vacina poderá proteger milhões de pessoas contra a gripe H1N1”, disse o diretor de pesquisa da CSL, Andrew Cuthbertson, informando que os testes vão determinar a dose e a freqüência da vacinação.



O diretor da Vaxine afirma que os resultados capazes de comprovar a eficiência da vacina chegarão em 6 ou 8 semanas.



“Não há garantia que a vacina vá funcionar, pois a gripe suína é um vírus muito diferente, mas estamos esperançosos”, disse Petrovsky.



Para o presidente da Associação Médica da Austrália, Andrew Pesce, é fundamental o público saber quando terá uma vacina segura e efetiva.