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Azaléia demite 600 em três dias no Rio Grande do Sul

Nesta sexta-feira, a Vulcabrás encerrou os três dias de desligamento de 600 trabalhadores na unidade da Azaléia em Parobé (RS). De acordo com o presidente do sindicato dos sapateiros da cidade, João Pires, o quadro foi reduzido para 2,8 mil funcionário

Em nota, a empresa informou que as novas demissões correspondem a 1,9% dos seus 31,5 mil empregados em todo o Brasil e atribuiu a medida aos “efeitos da recessão econômica mundial sobre o setor de calçados no Brasil”.  Desde o ano passado a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) — entidade da qual Milton Cardoso, presidente da Vulcabras também preside — pede ao governo federal a imposição de barreiras antidumping contra os produtos asiáticos, mas ontem a entidade informou que o volume total importado pelo país caiu 3,9% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2008, para 19,8 milhões de pares.


 


Em valor, porém, houve alta de 11%, para US$ 164,3 milhões, devido à elevação dos preços médios dos produtos. Em fevereiro deste ano, a Vulcabrás-Azaléia deu férias coletivas a 2.300 nas unidades da Bahia e do Rio Grande do Sul, também alegando aumento das importações de calçados. “Estamos assistindo à concorrência se abastecer de produtos importados da China e expandir seus negócios em mais de 40%, valendo-se principalmente da concorrência desleal e da venda de estoques excedentes que surgiram com a recessão global”, disse Cardoso, na ocasião.


 


Nova leva


 


Em maio, o grupo anunciou quedas de 21,5% no lucro líquido e de 8,4% na receita bruta consolidada do primeiro trimestre, para R$ 21 milhões e R$ 388,3 milhões, respectivamente, devido às mesmas razões alegadas para as demissões dessa semana no Rio Grande do Sul. Na ocasião, a empresa comunicou também que havia demitido um total de 924 pessoas de janeiro a março, o que representava uma redução de 2,7% em relação ao quadro de 31 de dezembro de 2008.


 


Desta vez, de acordo com João Pires, do sindicato dos sapateiros, os primeiros a serem cortados na nova leva de desligamentos foram os funcionários que moram em cidades próximas a Parobé, como Taquara e Santo Antônio da Patrulha. De acordo com ele, os demitidos recebiam em média R$ 800 por mês e ganharam uma gratificação equivalente a um vencimento básico no momento da demissão.


 


A informação é do Monitor Mercantil