Campos quer manutenção da distribuição dos royalties do petróleo

Os municípios fluminenses que recebem royalties do petróleo realizaram, no dia 4, durante todo o dia, uma manifestação conjunta para protestar contra a emenda que estende a partilha dos royalties da exploração do petróleo da camada pré-sal a todos os municípios brasileiros e não apenas aos produtores, como é feito atualmente.

Campos

As cidades produtoras alegam que, caso a emenda seja aprovada, a brusca redução dos recursos oriundos dos royalties poderia levar muitas prefeituras à falência.

Em Campos, na Praça São Salvador, no Centro, 45 mil pessoas participaram de protesto à tarde. Houve a presença de prefeitos, secretários e vereadores de outros municípios do Norte Fluminense, além de representantes de organizações da sociedade civil.

“Se tirarem esses recursos de Campos, os postos de saúde serão fechados, os hospitais, inclusive os conveniados, vão fechar; obras de infraestrutura vão parar; a prefeitura fecha e o dinheiro, parando de circular, quebra o comércio e o desemprego será geral”, destacou a prefeita Rosinha.

A professora Odete, presidente do PCdoB de Campos, compareceu no ato público e defendeu a não redistribuição dos royalties. Por outro lado, disse que é preciso mais comprometimento com a região e defendeu o uso dos royalties com responsabilidade e a transparência nos investimentos do município. Além do PCdoB, também marcaram presença militantes da CTB, UBM, e UJS.

A emenda, de autoria do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), deverá ser votada na quarta-feira.