Nota do PCdoB-RJ sobre a tragédia que atingiu o Rio de Janeiro
A tragédia causada pelas chuvas que assolam o Rio de Janeiro desde a última segunda-feira (5) ceifou a vida de quase duas centenas de pessoas, um número que não para de crescer, pois ainda são muitos os desaparecidos, possivelmente soterrados.
Publicado 09/04/2010 19:16 | Editado 04/03/2020 17:04
A tragédia causada pelas chuvas que assolam o Rio de Janeiro desde a última segunda-feira (5) ceifou a vida de quase duas centenas de pessoas, um número que não para de crescer, pois ainda são muitos os desaparecidos, possivelmente soterrados.
Se por um lado a natureza castigou o nosso estado – com um índice pluviométrico elevadíssimo – por outro é nítido que o crescimento das cidades há décadas ocorre sem qualquer controle do poder público. A falta de uma política habitacional, principalmente para os pobres, tem provocado uma ocupação desordenada das cidades, em especial nos morros, onde se encontra a maioria dos mortos e desabrigados.
Famílias inteiras foram dizimadas. Filhos e filhas dos trabalhadores, criados sem moradia digna, perderam suas vidas. Outras famílias conseguiram sobreviver, mas tudo perderam e agora, com ainda mais dificuldade, precisarão recomeçar ao custo de muito esforço e trabalho.
Esse triste acontecimento da história do Rio de Janeiro ficará marcado para sempre em nossas memórias. O momento é de união em socorro às vítimas, mas é também de cobrar das autoridades públicas uma ofensiva política pelo fim do déficit habitacional. Nossas cidades não podem estar entregues à especulação imobiliária, empurrando a população para os pontos mais longínquos e perigosos.
Nossas cidades devem, sim, ser planejadas e democráticas. As conferências das cidades são espaços de debates abertos, onde devem ser acolhidas as propostas em prol de moradias dignas e seguras para todos.
O PCdoB se solidariza com a população do Rio de Janeiro atingida nos últimos dias pelas fortes chuvas. Ao mesmo tempo, defende todas as medidas visando amenizar o sofrimento do povo e impedir que novas tragédias ocorram.