Bric firmam acordo de cooperação e cobram mudança na ONU e no FMI
Os quatro países que integram o grupo dos Bric — Brasil, Rússia, China e Índia — assinaram nesta quinta-feira (15), em Brasília, um acordo de cooperação entre os bancos de desenvolvimento para financiamento conjunto de obras de infraestrutura. Por esse acordo, poderá haver financiamento público conjunto de obras estruturantes nos membros do bloco.
Publicado 16/04/2010 11:13
No ano passado, os Bric — que respondem por 40% da população do planeta — produziram 15% do PIB mundial. Lula afirmou que o acordo entre os bancos de desenvolvimento estimulará, entre outros pontos, a interação entre cooperativas dos quatro países.
“A declaração conjunta que adotamos reflete o amplo leque de interesses comuns que une nossos países nas áreas política, financeira, comercial, ambiental, energética, agrícola e de segurança. Vamos seguir promovendo a maior interação na área do conhecimento”, resumiu o presidente.
Com o objetivo de fazer dos Bric mais do que um “símbolo econômico”, há deliberações no sentido de firmar cooperações diplomáticas. Os países reforçaram a necessidade de reforma da ONU (Organização das Nações Unidas) para torná-la “mais eficiente, representativa e objetiva”. Mas o documento não explicita a indicação do Brasil ao posto permanente no Conselho de Segurança, embora Lula e o primeiro-ministro da Índia, Monmohan Singh, tenham defendido essa tese.
A declaração final cobra, também, a reforma do Fundo Monetário Internacional — de modo a dar mais representatividade aos Bric — e um posicionamento mais firme da comunidade internacional sobre a mudança climática. Lula garantiu que os quatro países têm papel fundamental na construção de uma nova ordem mundial “mais justa, representativa e segura”.
Da Redação, com agências
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