Governador corta gastos do Distrito Federal

Brasíliatur é extinta e máquina pública sofre contenção de R$ 1,3 bilhão

O governador Rogério Rosso (PMDB) extinguiu a Secretaria de Habitação e a Brasiliense de Turismo (Brasiliatur). A decisão veio acompanhada de uma medida de contenção R$ 1,3 bilhão que estavam previstos no orçamento do Distrito Federal para este ano. O corte na máquina administrativa é um dos primeiros passos para redução de despesas, segundo o governador. As funções das duas pastas serão incorporadas, respectivamente, às Secretarias de Turismo e de Desenvolvimento Urbano Meio Ambiente (Seduma).

Segundo dados do governo, a Brasiliatur teve um orçamento de R$ 89 milhões no ano passado, dos quais 90% foram destinados a shows. A folha de pessoal consumia R$ 517 mil por mês, para pagar salários de 97 empregados contratados sem concurso público. O presidente da empresa tinha remuneração de R$ 19 mil, mais alta que a do governador, que é de R$ 16 mil.

O contingenciamento de R$ 1,3 bilhão não terá reflexos na folha de custeio dos programas sociais. O dinheiro seria usado para novas obras e despesas, como publicidade e aluguel de imóveis. Agora este recurso fica sob responsabilidade de uma comissão formada por quatro secretarias: Planejamento, Governo, Corregedoria, e Fazenda. A comissão vai analisar quais são as áreas prioritárias para aplicação desse dinheiro.

Em ato publicado ontem, 19, no DODF, Rosso determinou que uma comissão presidida pelo secretário de Planejamento, José Itamar Feitosa, defina os empreendimentos que serão tratados como prioridade.

Régia Vitória, de Brasília