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SP: Sindicalista do PCdoB é morto e rodoviários fazem protesto

Um sindicalista foi assassinado na madrugada desta segunda-feira na Zona Sul da capital paulista e funcionários do transporte público municipal realizaram paralisação nesta terça-feira (26) em protesto. O diretor de base do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, Sergio Augusto Ramos, de 48 anos, foi morto por volta das 5h30m.

Segundo testemunhas, um homem chegou em uma moto e disparou vários tiros contra ele, enquanto o sindicalista distribuía panfletos reafirmando o apoio de sua corrente do movimento sindical a Dilma Rousseff. Sérgio estava em frente a uma garagem de ônibus no M´Boi Mirim quando foi atacado. A placa da moto estava coberta e o criminoso fugiu em seguida. Ninguém foi preso.

Serjão, como era conhecido, era militante do movimento sindical e filiado ao PCdoB, tinha 48 anos, era pai de três filhas e avô de dois netos. Trabalhava com transporte rodoviário há 16 anos, participava do seu primeiro mandato na diretoria do sindicato e compunha o coletivo de "condutores classistas", ligado à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Colegas do sindicato compareceram ao enterro.

Homenagem

Nesta terça-feira, sindicalistas distribuíram panfletos da CTB com homenagem ao colega assassinato, pelos seus anos de luta e sua combatividade. No material, a CTB cobra também a apuração das circunstâncias do assassinato pelo Ministério Público.

José Carlos Souza Ferreira, que também participa do coletivo de condutores classistas, afirmou indignado: "não vamos sossegar enquanto o caso não for solucionado. Ocorreu uma série de assassinatos na categoria e até agora não se sabe o culpado. Isso mancha a imagem do sindicato. O Ministério Público tem que agir".

Paralisação

Zé Carlos Negrão, como é conhecido no movimento refere-se à paralisação de ao menos três garagens que os condutores fizeram na manhã desta terça-feira (26). À meia noite quase 500 ônibus foram encostados nas garagens. A prefeitura chegou a colocar 100 veículos extras para rodar, mas não foram suficientes. As paralisações são para exigir investigação.

"Ele era uma boa pessoa. E era intransigente na defesa do que acreditava, não era um cara de recuar", definiu Zé Carlos, abatido pelo assassinato do colega.

A polícia investiga se a morte de Ramos tem a ver com uma denúncia de desvio de recursos dentro do sindicato, que ele fez há dois anos.

Da redação, Luana Bonone, com informações de Alice Cardoso e agências