Na América do Sul não haverá mais guerra, diz Chávez
Na América do Sul não haverá mais guerras, nem golpes de Estado, nem perseguição contra os povos, sustentou nesta terça-feira (29) o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em uma visita às docas Tandanor, na costa sul de Buenos Aires (Argentina).
Publicado 29/03/2011 21:54

Após cumprimentar quem definiu como uma grande líder, sua anfitriã Cristina Kirchner, Chávez expressou satisfação por se encontrar de novo neste "grande polo industrial que o neoliberalismo tentou apagar", como destacou.
O governante sublinhou que em Tandanor se constroem 16 barcos para navegar pelo rio da Prata e confirmou que, no final do ano, nas docas Rio Santiago, será instalado o primeiro tanqueiro venezuelano construído na Argentina.
Estes, disse, são os frutos de um dos tantos acordos assinados entre ambos os países e que potenciam a equação de integração definida por Cristina: energia e alimentos.
Em outra parte de sua breve intervenção, Chávez referiu-se às eleições presidenciais argentinas de outubro próximo e comentou que já se sabe o que sucederá, referindo-se a um suposto triunfo nas urnas da atual presidente. Lembrou, ainda, que em 2012 será a vez da Venezuela, e ali "ocorrerá o que tiver de acontecer".
Chávez destacou o papel do ex-presidente da Argentina e ex-secretário geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul), o falecido Néstor Kirchner, dquem disse ter deixado o caminho assinalado para a grande aliança entre o Orinoco e o rio da Prata.
A chefa de Estado argentina destacou que nos últimos anos os americanos do sul têm sabido construir condições que permitiram a estes países crescer e diminuir os índices de desigualdade social.
A maioria dos governos populares, democráticos e progressistas da região têm podido começar a cumprir o sonho secular dos antepassados independentistas: liberdade para a igualdade, disse Cristina.
Kirchner ressaltou também a capacidade demonstrada pelas nações sul-americanas de solucionar os conflitos mediante o diálogo, quando os supostos centros da civilização seguem resolvendo suas diferenças com bombas e violência.
Nesse sentido, considerou um exemplo de diplomacia maiúscula o acordo conseguido na Unasul em virtude do qual ocuparão a Secretaria Geral por um período de dois anos a colombiana María Emma Mejía, primeiro, e o venezuelano Alí Rodríguez, depois.
Concluído o ato em Tandanor, Chávez e Cristina Kirchner deslocaram-se ao Palácio San Martín, sede da Chancelaria, onde a presidenta argentina recebeu seu convidado com um almoço.
Ali, a anfitriã agradeceu e brindou pela solidariedade oferecida a seu país pelo governo e o povo da Venezuela nos difíceis momentos vividos no ano de 2003 e sem a qual, opinou, talvez não teria sido possível chegar à Argentina de hoje.
Da redação, com Prensa Latina