PT paulistano reafirma oposição ao prefeito Gilberto Kassab
O diretório municipal do PT em São Paulo reiterou neste domingo (17) , no encerramento do 2º Congresso das Direções Zonais, a decisão de se manter na oposição ao governo do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Segundo o presidente do diretório municipal do PT, vereador Antonio Donato, após o encontro não há mais nenhuma incerteza sobre a posição do partido nas disputas municipais.
Publicado 18/04/2011 07:31
Para o vereador, a sinalização de Kassab em direção a uma possível aproximação ao governo federal e à presidente Dilma Rousseff não altera a postura do diretório municipal. "Acreditamos ser possível e necessário ter outra política para a cidade", afirmou Donato, para quem qualquer aproximação com a atual administração municipal é inviável devido a pontos críticos levantados pelo PT. Entre eles a política de Kassab para o transporte público, as medidas que visam retirar pessoas de baixa renda do centro da cidade, entre outras.
Ao decidir pela indicação de um candidato próprio para as eleições de 2012, o diretório municipal do PT também encerra as suspeitas de que a base oposicionista poderia atrair nomes como o do deputado federal Gabriel Chalita (PSB-SP) para disputar as eleições municipais. Chalita foi convidado pelo PMDB para filiar-se ao partido e ser um dos nomes cotados para a disputa, segundo revelado no início de abril pelo presidente do PMDB de São Paulo, deputado estadual Baleia Rossi. "Queremos ter uma aliança ampla, mas decidimos ter um nome próprio", afirmou Donato, após ser questionado sobre a possibilidade de Chalita ser o nome da oposição.
Na visão do presidente do diretório municipal do PT, o partido não enfrenta problemas para escolher o candidato. "Nomes não nos faltam. Queremos apenas escolher o nome mais adequado (para a disputa)", afirmou Donato, citando uma extensa lista com sugestões como o da senadora Marta Suplicy e do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.
A pretensão do diretório municipal do PT é concluir a escolha do nome à Prefeitura de São Paulo até o fim deste ano ou, no máximo, no início do ano que vem. A sigla quer tempo para trabalhar uma eventual candidatura apoiada na tese de uma renovação dos quadros petistas na cidade. A ideia tem como um de seus principais patrocinadores o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a dar fôlego às pretensões do grupo que apoia o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Com agências