Trabalhadores param Band Bahia e Jornal da Manhã não vai ao ar
Os funcionários da Rede Bandeiras de televisão na Bahia paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira (29/4), impedindo assim que o Jornal da Manhã fosse ao ar. A manifestação, que ocorreu entre as 5h e às 8h, e deve se refletir em toda a programação local durante o dia de hoje, é parte das atividades da campanha salarial dos trabalhadores em empresas de radiodifusão e de publicidade, que reivindicam 12% de reajuste salarial e não conseguem chegar a um acordo com o patronato.
Publicado 29/04/2011 20:03 | Editado 04/03/2020 16:19
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e de Publicidade no Estado da Bahia (Sinterp), as negociações não avançam por causa da intransigência dos patrões. “Eles estão irredutíveis, fecharam no percentual de 7% e não querem mais negociar. Além disso, não concordamos com a proposta de aumento por escalonamento porque entendemos que todos os empregados, independente da função, devem ter os mesmos direitos”, ressaltou Everaldo Monteiro, coordenador do Sindicato.
O dirigente sindical explica que as empresas propõem uma divisão da categoria, limitando o reajuste de 7% a quem ganha até R$ 1.300, o que não chega nem á reposição do INPC do período, que foi de 8,75%, índice alternativo de aumento proposto pelo Sinterp. “Com as manifestações, a gente busca pressionar para que eles voltem para a mesa de negociação e cheguem a uma proposta que possa gerar um acordo positivo para os trabalhadores. O Sindicato reivindica também a resolução de várias irregularidades trabalhistas cometidas, principalmente pelas grandes redes, como a Band”, acrescentou Monteiro.
O Sindicato avaliou a manifestação como extremamente positiva pela adesão em massa dos trabalhadores. “O Sinterp, como representante legal da categoria, na verdade apoiou a ação dos trabalhadores da Band, que aderiram voluntariamente à paralisação. A empresa foi escolhida para início das paralisações por ser a casa do representante legal das empresas na negociação, praticar várias irregularidades e ainda tentar influenciar as outras empresas. Solicitamos uma mediação da Superintendência Regional do Trabalho para tentar resolver o impasse, mas enquanto isso não acontece, vamos continuar com as manifestações”, informou o coordenador do Sinterp.
De Salvador,
Eliane Costa