Mexicano vai à Índia para promover candidatura alternativa ao FMI
A nomeação de um novo diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) é um tema “em aberto” ao qual a Índia é “completamente neutra”, disse neste sábado o mexicano Agustín Carstens. A declaração foi feita após Carstens — que concorre à vaga contra a francesa Cristine Lagarde — ter-se reunido com o premiê indiano, Manmohan Singh, e o ministro de Finanças do país, Pranab Mukherjee, em Nova Déli.
Publicado 12/06/2011 10:25
O mexicano, que até agora conta com apoio de alguns países latino-americanos, destacou a importância de que o sucessor de Dominique Strauss-Khan, seja de um país emergente. Strauss-Khan teve de renunciar ao cargo de maneira vexatória, após ter-se envolvido em um escândalo sexual.
“Não podemos esquecer que dentro de alguns anos o Produto Interno Bruto (PIB) dos países emergentes será a metade [da soma] do [PIB] mundial, enquanto sua representação no FMI é somente de 40%. É uma lacuna que, caso eu seja eleito, me comprometo a cobrir o mais rápido possível”, disse Carstens durante uma coletiva de imprensa.
Ele acrescentou que não recebeu nenhuma orientação de retirar sua candidatura, como fez o sul-africano Trevor Manuel. “Esse assunto não é decido com base na nacionalidade, mas na competência e no mérito, requisitos que eu acredito ter.”
Segundo o mexicano, seria “lamentável” se mais uma vez o órgão fosse dirigido por um europeu. Atualmente, existe um acordo velado no qual uma pessoa de nacionalidade europeia seria mantido no posto.
Cartens vai viajar na próxima semana a Washington, Pequim e Tóquio, como parte do giro internacional que está fazendo para promover sua candidatura. A direção do FMI deve informar o nome do próximo diretor-geral no dia 30 de junho. A vaga está aberta desde o dia 19 de maio.
Da Redação, com informações da Ansa Latina