Thaíssa Câmara quer discussão política em Natal

Quando não se tem argumentos políticos, parte-se para discussões nas quais tudo parece estar no âmbito pessoal.

Thaissa
Como bem escreveu Pablo Capistrano: as borboletas não sabem, mas nós sabemos que quando se tem como escudo um discurso de nível baixo, a ponto de afirmar que o Movimento #ForaMicarla – legítimo e urgente, é válido lembrar – afronta a natureza feminina, faz cair o último milímetro de uma máscara.

Assim, com mais clareza do que nunca, podemos enxergar aquilo que muitos previam desde 2008: a prefeitura do Natal não tem preocupação política, econômica, cultural, muito menos social com nossa querida cidade – o que existe, na verdade, é uma borboleta que sucumbe a cada dia (a cada dia de ocupação da Câmara Municipal do Natal; a cada dia de protestos; a cada notícia do desastre na administração; a cada cidadão natalense que não consegue usufruir de tudo o que a cidade, através de sua prefeitura, deveria lhe proporcionar) e que, como se já não bastasse tudo o que passamos e tudo o que vemos Natal passar nos últimos dois anos e meio, ainda crê que pode nos iludir com um dicurso pessoal.

Problemas há em todas as cidades, e governar não é fácil. Fatos. Porém, quando problemas e dificuldades são tratados politicamente, considerando as necessidades sociais, econômicas e culturais, é mais fácil dialogar. Não quero palavras que insinuam que a situação na qual minha ciade se encontra hoje é fruto de questões pessoais – não é. Quero atitudes políticas, quero investigações que apurem o que, de fato, está acontecendo.Não quero palavras que, sintaticamente, dizem "abertura ao diálogo" e, pragmaticamente, não dizem nada ou, pior ainda, dizem claramente que diálogo não haverá.

Quero diálogo, quero debates, quero ver quem é e o que faz a prefeitura do lugar onde construo minha vida. Dignidade quero para tod@s, a beleza da cidade do Natal, crianças estudando, mães e pais trabalhando, jovens fazendo o presente e o futuro… quero para tod@s. Natal, por ora, a você desejo uma boa dose de política – aquela que engloba toda a sociedade -, olhos bem abertos para enxergar o que se passa, e atenção para perceber que, atuando politicamente, cada pessoa pode ensinar a quem deveria saber, que o que se reclama agora não é por antipatia às pessoas da prefeitura, é por compreender que a cidade precisa de boas atitudes.
 

                                        Thaíssa Câmara: Membro do Comitê Municipal PCdoB Natal, Historiadora, Graduanda e pós-graduanda em Direito.