Nobel da Paz concorrerá à presidência da Guatemala
A vencedora do prêmio Nobel da Paz em 1992, a ativista guatemalteca Rigoberta Menchú, recebeu nesta quarta-feira (3) as credenciais que a certificam como candidata presidencial de uma coalizão de partidos de esquerda para as eleições do próximo dia 11 de setembro.
Publicado 03/08/2011 19:20
"Este é o primeiro passo para mudar a história da Guatemala", afirmou a candidata, única mulher de origem indígena que concorrerá à Presidência do país da América Central.
Rigoberta, de 52 anos de idade, obteve o apoio dos dois principais partidos de esquerda da Guatemala, surgidos da antiga guerrilha armada, a Unidade Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG) e a Aliança Nova Nação (ANN) após um longo processo de negociação.
Além deles dezenas de organizações camponesas, indígenas e sindicais integraram a Frente Ampla, plataforma eleitoral por meio da qual a ativista pretende chegar ao poder através das urnas. O partido fundado por si, de nome Winaq, também participa da Frente.
Rigoberta já havia se concorrido à presidente nas eleições de 2007, obtendo 3,5% dos votos. Agora, com intenções de voto de 2,3%, segundo enquetes publicadas pela imprensa local, ela é a oitava candidata presidencial legalmente inscrita para o pleito de setembro.
O líder das pesquisas é Otto Pérez Molina, do Partido Patriota, com 37,6% das intenções de voto.
Nas eleições de 11 de setembro, a Guatemala escolherá presidente, vice-presidente, 158 deputados para o Congresso, 20 para o Parlamento Centro-Americano e 333 prefeitos para o período 2012-2016.
Com agências