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EUA provocam China sobre direitos humanos no Tibete

O governo dos Estados Unidos pediu na terça-feira (27) que a China respeite os direitos dos tibetanos, depois que dois monges dessa etnia tentaram imolar-se em uma demonstração de apoio ao Dalai Lama no mosteiro chinês de Kirti.

"À luz dos contínuos agravos subjacentes contra a população tibetana, de novo pedimos aos líderes da China que respeitem os direitos dos tibetanos", sustentou o Departamento de Estado dos EUA em comunicado.

Além disso, o mesmo órgão solicitou à China que adote políticas para "proteger a identidade religiosa, cultural e linguística dos tibetanos", ao solicitar novamente ao governo de Pequim que "permita o acesso a diplomatas e jornalistas" às regiões tibetanas.

Os monges que tentaram imolar-se, Lobsang Kalsang e Lobsang Konchok, exigiram “liberdade religiosa” e gritaram "longa vida ao Dalai Lama" antes de colocarem fogo no próprio corpo, segundo informou a ONG Free Tibete Campaign.

A agência de notícias estatal chinesa "Xinhua" assinalou que a Polícia evitou a morte dos dois e os levou para tratamento médico na localidade tibetana de Aba, na província de Sichuan.

O Tibete é parte inalienável da China, que defende o princípio da sua integridade territorial e não permite ingerência de outros países em seus assuntos internos.

O governo da China advertiu nesta quarta-feira (28) aos Estados Unidos que não interfira em seus assuntos.

"Somos contrários a que qualquer país ou pessoa utilize as questões vinculadas ao Tibete para interferir nos assuntos internos da China", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hong Lei.

"O governo chinês protege os direitos legais e os interesses das minorias étnicas", acrescentou.

Com agências
Atualizado às 06h40 para acréscimo de informações