Protesto pede alteração no projeto da Comissão da Verdade
O Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça promove manifestação nesta sexta-feira (30) para pressionar o Senado a promover modificações no projeto que cria a Comissão da Verdade. O ato está programado para as 16h30, no vão livre do Masp, na avenida Paulista, região central da capital paulista. Ativistas de direitos humanos, ex-presos políticos, parentes de mortos e de desaparecidos políticos são esperados no protesto.
Publicado 29/09/2011 21:17
Aprovado na semana passada pela Câmara Federal, o projeto está no Senado. Apesar de ter origem no Executivo, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) assumiu a relatoria, como forma de dar um caráter pluripartidário à iniciativa. Por causa de acordos entre governo e oposição, o parlamentar – que tem histórico de participação na guerrilha armada contra a ditadura – deve ter pouca margem para alterar o texto.
Depois da concentração no Masp, o ato prevê uma passeata até o prédio da Presidência da República na capital paulista, na esquina da avenida Paulista com a rua Augusta. No local, representantes do comitê pretendem protocolar um manifesto encaminhado à presidenta Dilma Rousseff com as demandas de alterações no projeto. Segundo os ativistas, o manifesto é assinado por nomes como Chico Buarque, Frei Betto, João Pedro Stédile, além de juristas, magistrados, entre outros.
Durante a caminhada os manifestantes entregam uma Carta Aberta à População em que pedem a abertura imediata dos arquivos da ditadura, a punição dos torturadores e o cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A referência é à decisão de que o Estado brasileiro não pode usar a Lei de Anistia de 1979 como desculpa para deixar de investigar e punir os culpados pela repressão a militantes contra a ditadura no episódio da Guerrilha do Araguaia.
Fonte: Rede Brasil Atual