Banco iraniano reage à ofensiva dos EUA
O Banco Central iraniano tomará medidas para resistir às sanções impostas pelos Estados Unidos, segundo anunciou neste domingo (01/01) o gerente-geral da entidade, Mahmoud Bahmani, em declarações divulgadas pela agência oficial de notícias iraniana, a Irna.
Publicado 01/01/2012 19:32
Em reunião anual do Banco Central do Irã, que aconteceu com a presença do presidente Mahmoud Ahmadinejad, Bahmani esclareceu que, com planejamento e medidas preventivas, "as sanções terão um impacto mínimo no sistema bancário e outros setores econômicos" do país.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou no sábado uma lei de despesas de defesa para 2012 que, além de impor uma custódia militar a todo civil ou militar preso por terrorismo, servirá para sancionar toda instituição estrangeira que negociar com o Banco Central iraniano.
A lei, que contempla um orçamento para despesas de defesa de 662 bilhões de dólares, foi aprovada no início de dezembro pelo Senado.
Esta é a primeira ação direta contra o coração do sistema financeiro iraniano, algo que até agora a Casa Branca tinha se mostrado reticente a fazer por temor de possíveis repercussões sobre os preços do petróleo.
Os Estados Unidos acusam o Irã de ocultar fins militares sob seu programa nuclear, cujo objetivo seria fabricar armas atômicas. Teerã sempre rejeitou a acusação, afirmando que seu programa tem fins civis e medicinais.
A tensão entre Teerã e a comunidade internacional cresceu em fevereiro de 2011, depois que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou que seu país tinha começado a enriquecer urânio acima de 20%.
Meses antes, o regime iraniano tinha descartado uma proposta da Rússia, Estados Unidos e Reino Unido para enviar seu urânio a 3% ao exterior para ser devolvido enriquecido a 20% em quantidade suficiente para manter seu programa nuclear civil.
Perante esta situação, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma nova rodada de sanções internacionais contra o país persa.
Fonte: da EFE publicado no Opera Mundi