Comerciantes querem mais segurança no Plano Piloto
Furtos, brigas, assaltos, consumo de drogas e até mortes. Esse é o atual cenário dos comércios do Distrito Federal, na opinião dos comerciantes. Os empresários buscam medidas para reverter esse quadro.
Publicado 05/07/2012 10:45 | Editado 04/03/2020 16:41
Eles consideram insuficientes os trabalhos da polícia e, em muitos casos, contratam rondas particulares e equipamentos de segurança para garantir aos estabelecimentos condições para funcionar. Diante disso, os dirigentes e representantes das forças de segurança e dos comércios reuniram na Associação Comercial do DF com o intuito de debater soluções.
Segundo os comerciantes, a falta de segurança tem gerado perdas no faturamento e danos ao patrimônio. Eles pedem a presença da polícia nas proximidades do comércio para dar apoio a qualquer eventualidade. O comerciante Jorge Ferreira sugere uma redistribuição do policiamento em horários estratégicos para que os criminosos se sintam inibidos.
“ Precisamos do apoio das polícias, para garantir a segurança, e do Detran para nos ajudar a fiscalizar os estacionamentos e até as saídas de bar, onde os motoristas irresponsáveis saem embriagados e causam acidentes. Sem segurança, os clientes não aparecem”, diz.
Outras sugestões dos empresários são a implementação de rondas com policiais à paisana e a contratação de manobristas nos estacionamentos. Assim, segundo eles, evitariam-se as confusões geradas por estacionamento ilegal.
Insegurança
Na 107 Sul, o gerente de um restaurante reclama que a segurança passa longe da quadra. “Os roubos não têm mais hora certa pra acontecer, seja durante o dia ou à noite, sempre acontece e nada é feito”, afirma.
Os comerciantes da quadra afirmam que o número de clientes têm reduzido consideravelmente. Eles alegam que a atuação da polícia é fraca. O diretor de coordenação da Polícia Metropolitana do DF, Anderson Espíndola, destaca a importância de novos concursos para aumentar o efetivo.
A presidente da Associação Comercial do DF, Danielle Moreira, considera a reunião uma forma de pressionar as autoridades a buscar medidas para ampliar a segurança nos comércios. “A abertura deste canal de comunicação vai beneficiar comerciantes e clientes. Acreditamos que isso será um grande avanço na segurança”, afirma.
Segundo o coronel da PM Jaison Ferreira, comerciantes e clientes também reclamam dos moradores de rua nas quadras comerciais. Ele afirma que uma parceria entre as polícias está sendo feita para reduzir as ocorrências desta natureza. “Não basta coibir o crime, mas levar cidadania e até prestar uma assistência do governo”, explica.