Caracas é a capital da esquerda mundial, diz deputado

O presidente da seção venezuelana do Parlamento Latino-americano (Parlatino), Rodrigo Cabezas, destacou nesta terça-feira (3) que a presença em Caracas de quase 600 delegados dos movimentos de esquerda do mundo significa "um respaldo à façanha que o povo venezuelano está realizando com uma revolução pacífica, democrática, socialista, assim como a seu líder, Hugo Chávez".

Para Cabezas, a masiva representação que o pensamento de esquerda tem hoje na capital venezuelana evidencia um pleno apoio à Revolução Bolivariana, "que é uma referência para as lutas pela libertação nacional e pelo socialismo".

Cabezas disse que estão presentes na Venezuela nestes dias cerca de 600 delegados de aproximadamente 100 partidos políticos da esquerda mundial.

"Temos uma grande expectativa porque Caracas se converterá durante os dias 4,5 e 6 de julho na capital da esquerda mundial, para onde confluirão as forças progressistas, revolucionárias, comunistas, nacionalistas, socialistas que têm como denominador comum serem antineoliberais e anti-imperialistas", enfatizou o parlamentar venezuelano.

Igualmente, ele considerou que o 18º Encontro do Foro de São Paulo, que pela primeira vez se reúne na Venezuela, será um espaço para o debate da ampla diversidade de visões que tem o pensamento de esquerda no mundo.

O 18º Encontro do Foro de São Paulo, que começa nesta quarta-feira (4), desenvolverá 14 oficinas temáticas, entre as quais estão as áreas de defesa, democratização da informação e comunicação, meio ambiente e mudanças climáticas, migrações, movimentos sindicais e sociais, povos originários, segurança agroalimentar, segurança e narcotráfico.

Igualmente, os jovens e as mulheres do mundo avaliarão a experiência técnica, econômica, política e social dos governos de esquerda na América Latina.

Para Piedad Córdoba, integrante do movimento Marcha Patriótica da Colômbia, esta 18º edição do Foro de São Paulo será "uma espécie de concílio dos movimentos de esquerda em nível mundial. De partidos socialistas, comunistas e progressistas com uma mesma finalidade, que é a luta anti-imperialista".

A ex-senadora colombiana considerou que se trata de uma reunião oportuna da corrente de esquerda do mundo, devido à ameaça de desestabilização que pesa sobre os países da região e sobre o Cone Sul.

Por sua vez, Jorge Mazzarovich, presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Frente Ampla do Uruguai, afirmou que a Revolução Bolivariana representa na América Latina um exemplo para o avanço em aspectos sociais fundamentais para o progresso dos povos, como a participação popular, a defesa da soberania do país e a preocupação para com os demais despossuídos.

Ele destacou igualmente que a Venezuela é exemplo contundente de um país capaz de "apresentar-se, com opiniões próprias, diante de situações de ameaças que têm ocorrido em nosso continente", destacou o dirigente uruguaio.

Mazzarovich considerou que no epicentro do que será o 18º Encontro do Foro de São Paulo, os movimentos sociais da esquerda do mundo estão em Caracas para apoiar a Revolução Bolivariana e seu líder, o presidente Hugo Chávez, por considerar este projeto como um processo integrador.

"Para nós ter chegado à terra de Bolívar tem um significado muito especial. Além de ser também uma posibilidade de conhecer de perto o desenvolvimento do processo bolivariano e seu impacto na região", destacou.

A seu juízo, desde a Venezuela se promoveu o avanço de processos progressistas de esquerda no continente, assim como a transformação de um modelo de vida imposto pelo imperialismo norte-americano.

Mazzarovich asegurou que o Foro de São Paulo servirá de espaço propício para ratificar o respaldo à Revolução e, particularmente do ponto de vista da Frente Ampla Uruguaia, "viemos respaldar seu líder, o presidente Hugo Chávez".

Fonte: Agência Venezuelana de Notícias