Ministro rebate oposição e defende posição do Mercosul
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, rebateu as críticas da oposição ao processo de suspensão do Paraguai e o ingresso da Venezuela no Mercosul. Ele afirmou nesta quarta-feira (5), em audiência pública realizada pela comissão de Relações Exteriores na Câmara dos Deputados, que foi um processo amplamente debatido e acordado entre os países-membros do bloco.
Publicado 06/09/2012 09:47
Na avaliação de Patriota, o processo que culminou com a destituição do presidente paraguaio Fernando Lugo ocorreu sem que a ele fosse dado o direito de ampla defesa. “O rito foi sumaríssimo. Não existe mais tolerância à aventura antidemocrática na América do Sul”, sentenciou o ministro.
Patriota fez questão de deixar claro que a posição tomada pelo bloco diz respeito apenas à suspensão do Paraguai das reuniões da cúpula. Segundo ele, isso não vai afetar os interesses do Paraguai. O ministro reafirmou que as relações políticas, econômicas e comerciais com o Brasil estão mantidas e que a amizade entre os dois países não foi comprometida. “A importância política do Paraguai não precisa ser sublinhada”, disse Antonio Patriota.
Em relação à integração da Venezuela no Mercosul, o ministro lembrou que não houve oposição por parte de nenhum chefe de estado e, que, até mesmo o Paraguai foi favorável ao ingresso venezuelano no bloco. Patriota ressaltou que a entrada da Venezuela vai contribuir com o Mercosul em função do seu peso econômico e comercial. O ministro lembrou que tanto no processo de suspensão, quanto no de integração, “não houve voz que distanciasse dessas decisões”, sustentou.
Da Redação em Brasília
Com agências