Correa: principal adversário nas eleições de 2013 será a imprensa
O presidente do Equador, Rafael Correa, alertou seus cidadãos que certos meios de comunicação privados serão os maiores adversários durante a campanha eleitoral para as eleições gerais de fevereiro de 2013. Correa ainda não definiu se será ou não candidato à reeleição.
Publicado 24/09/2012 10:12

No Equador, como no Brasil, os meios de comunicação privados funcionam como o principal partido de oposição aos governos progressistas latino-americanos. No Brasil, foi cunhada a palavra PIG – Partido da Imprensa Golpista – para defini-los.
Correa, que é diretor nacional do movimento Aliança País, participou, neste sábado (22) de um ato massivo para rechaçar a falsificação de assinaturas por parte de alguns meios políticos. A apresentação de 1,5% do padrão eleitoral (quase 160 mil rubricas) é um requisito para a inscrição de agrupamentos no Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
“Tudo que temos visto nos últimos dias é uma mostra dessa campanha eleitoral que, como sempre, diante da crise da ‘partidocracia’, das máfias políticas que dominavam este país, terá como adversário, já não mais esses partidos políticos, mas a essa imprensa corrupta que agora tomou seu lugar, que inclusive os representa”, afirmou Correa.
Ele alertou ainda que a imprensa continuará com a campanha de gerar incidentes para fazer crer que o chefe de Estado briga com todos, que é preciso paz e, neste cenário, insistir para que a direita assuma o poder para — supostamente — “pacificar o país”.
Imprensa indecente
De acordo com a agência Efe, Correa orientou ainda seus ministros a não darem entrevista a emissoras de rádio e TV, jornais e revistas considerados por ele "negócios indecentes". "Por que temos de dar informações a meios de comunicação que nada mais querem do que encher os bolsos de dinheiro?", questionou o presidente.
Correa reafirmou que seu governo respeita a liberdade de expressão, mas advertiu que não tolerará o que chamou de "liberdade para a extorsão" exercida "por vários meios de imprensa privados".
Para o mandatário, alguns meios de comunicação de seu país e da América Latina "abusam do poder midiático". "Não vamos dar mais força a essas empresas", disse. O presidente acrescentou que seus ministros só falarão com "meios de imprensa decentes"
Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva com agências