PCdoB inaugura atividades da seção paulista da Escola Nacional

O encontro foi aberto por André Bezerra, Secretário Estadual, e teve a presença de Nereide Saviani, Diretora da Escola Nacional; Fred Lopes, diretor da seção estadual da Escola; Adalberto Monteiro , Secretário Nacional de Formação e Presidente da Fundação Maurício Grabois; e Renato Rabelo, Presidente Nacional do PCdoB.

Na ocasião André, enfatizou que aquele curso era o início das atividades da seção estadual. O curso foi exitoso, pois teve participação de nove cidades paulistas, além de uma delegação de sete pessoas de importantes cidades de Santa Catarina. No total, quarenta e oito quadros receberam certificados de conclusão. O curso também ajudará nas indicações de nomes ao curso nacional de nível III, que ocorrerá de 20 a 30 de janeiro de 2013, em Atibaia (SP).

Adalberto lembrou a importância da seção estadual e a realização do curso. Nereide Saviani diz-se emocionada por estar presenciando tantos quadros do Partido, em meio a um grande feriado de 15 de novembro, com disposição de estudar os conceitos básicos do marxismo-leninismo. Participaram do curso quadros indicados pelos comitês municipais de São Paulo, Campinas, Jundiaí, Sorocaba, Mogi das Cruzes, Santos, São Caetano do Sul, Osasco, São Bernardo do Campo e Sumaré.

Domínio da teoria para ganhar a maioria da sociedade

O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, falou da necessidade de difundir o marxismo para construir a nova sociedade. “Não se pode construir uma sociedade superior ao capitalismo, mais avançada, como a que queremos, sem termos um grande conhecimento da ciência e do que existe de pensamento mais avançado. Por isso mesmo que, comunismo, comunista e Partido Comunista só florescem nos meios onde existe consciência política, estudo e ideias avançadas. Isto não quer dizer que somos uma elite do conhecimento, mas que temos sim esta necessidade, esta tarefa, de ter um domínio maior do conhecimento e da ciência. E isto é fundamental pra que se possa ganhar a maioria da sociedade. Não se pode transformar nossa sociedade com uma minoria. Não vamos construir uma sociedade mais avançada do que o capitalismo, o socialismo, com uma minoria. É necessário que a maioria da sociedade compreenda e tenha esta exigência de uma nova sociedade”, disse.

Renato Rabelo: “O pensamento de Marx é universal”
 
Lembrando o historiador Eric Hobsbaw, Renato Rabelo falou da atualidade do marxismo como ciência. “A nossa teoria, do ponto de vista da teoria social, é a mais avançada que existe. Não tem outra. O pensamento de Marx é universal. É o pensamento do ponto de vista social e filosófico, mais avançado do século XX e continua no século XXI. E quem disse isso foi o grande historiador marxista Eric Hobsbawn. Este pensamento ultrapassou o século XX e vai ultrapassar o século XXI. Ele foi base para interpretação do que é a construção de uma sociedade socialista, como as primeiras experiências do século XX, e continua sendo base para definição dessas experiências agora, no século XXI. Por isso a nossa teoria é a mais avançada: ela dá conta e indica que o capitalismo pode ser vencido, superado. E se pode construir uma nova sociedade. Este é o motivo de precisarmos estudar, conhecer e dominar este conhecimento. E toda teoria se desenvolve, pois não está morta, parada. Temos que contribuir pro desenvolvimento desta teoria. Do contrário, não alcançaremos nossos grandes objetivos e ideais”, afirmou.
 
Prioridade à formação distingue o PCdoB

Rabelo também lembrou que o investimento e a importância dados à formação dos militantes são traços distintivos do PCdoB entre as agremiações políticas nacionais. “Talvez não tenha um partido no Brasil, hoje, que leve tão a sério e coloque como uma das prioridades fundamentais a questão da formação, com uma Escola Nacional permanente, seções estaduais, com disciplinas, currículos estruturados, pesquisas, professores formados. Somente o PCdoB é que tem instrumentos como esses em função destes objetivos”.

“Assim, os comunistas são homens de ciência e estudo, porque a sociedade que pretendemos construir, superior ao capitalismo, exige isso. Temos que ter capacidade pra ganhar a maioria do povo pra isso. Vai chegar um ponto em que a maioria do povo vai entender que esta sociedade capitalista não vai resolver os grandes problemas que afligem o povo, os trabalhadores e a humanidade. Pelo contrário, o capitalismo vai chegando a uma situação de contradição em que cada vez mais ele é impotente pra resolver estes problemas. Portanto, este é o nosso esforço e daí a importância deste curso, da escola e a formação”, apontou Renato, voltando à importância da difusão da teoria.

E concluiu: “como diz Bertold Brecht, sem isso a gente não comanda. Precisamos ter pessoas simples, trabalhadores, gente do povo, comandando. E depende deste conhecimento para comandar. E comandar é fundamental para se abrir caminho para esta nova sociedade. Precisa-se ter comando e liderança. E liderança formada, sabendo o que quer, tendo rumo e capacidade”.

De São Paulo, André Bezerra e Fred Lopes.