Apesar da cheia histórica, setor primário fecha ano com recordes

 O ano de 2012 tinha tudo para ser um ano com os piores resultados econômicos para o setor primário no Amazonas, que registrou a maior cheia de toda a sua história, atingindo 29,97 metros, porém, a intervenção do Governo do Estado através da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) conseguiu reverter esse quadro com recorde histórico no financiamento da produção rural.

Coletiva de Imprensa da Sepror - Luzimar Bessa
 A Sepror entregou R$ 180 milhões em crédito especial para recuperar a safra perdida com a cheia, superando a média anual de R$ 25 milhões e o volume máximo até então atingido, em 2009, de R$ 54 milhões.

A linha de crédito especial era destinada apenas aos agricultores do nordeste que sofrem com a seca e, com a enchente desse ano, foi estendida ao Amazonas. A persistência do titular da Sepror, Eron Bezerra, do governador Omar Aziz e a parceria da senadora Vanessa Grazziotin conseguiram junto a presidente Dilma Roussef a liberação dos recursos.

A ação para recuperar a produção perdida no campo por conta da enchente atingiu quase a metade dos produtores rurais do estado, que segundo o IBGE o número total é de 276 mil trabalhadores. Mais de 23 mil famílias de 53 municípios foram beneficiadas pelo financiamento do crédito especial, alcançando mais de 115 mil pessoas assistidas pela ação.

De acordo com o secretário Eron Bezerra, esses dados correspondem a eficiência do Governo do Estado diante dos problemas que atingem os trabalhadores do interior do estado. “Todos os anos ocorrem cheias e periodicamente elas ultrapassam a média registrada, causando danos aos produtores rurais. A diferença esse ano é que o Amazonas passou a ter outro dado histórico. Além do registro da subida do nível da água, agora temos recorde no financiamento da produção rural, sobretudo da agricultura familiar”, enfatizou.

Esses dados foram divulgados durante coletiva de imprensa concedida no auditório da Sepror.

PIB do setor primário cresce em padrão chinês

O crescimento no volume de investimentos para a produção rural interfere diretamente no PIB do setor primário do estado. De 2007 até esse ano, a média de crescimento econômico anual do setor tem sido de R$ 28%.

Além disso, a contribuição da produção rural na soma de tudo que é produzido no estado saltou de 4,8% para 7% ao longo do mesmo período.

Ações que promovem crescimento

Durante a coletiva, foram divulgados números de outras ações da Sepror que, segundo o secretário Eron, contribuem para gerar o crescimento registrado. Como parte dos programas de Aprimoramento Legislativo, Infraestrutura, Expansão da Agroindústria, Expansão da Produção, e Sócio-Cultural está o Feirão da Sepror, que beneficia 400 produtores e atende 50 mil pessoas por semana; o projeto Casa Popular Rural, que já contemplou 5.000 famílias; e a recuperação de vicinais, que já asfaltou 1.500 KM e tem a meta de atingir 4.500 até 2015.

Fonte: ASCOM SEPROR